Os servidores do judiciário do Piauí aprovaram na manhã desta sexta-feira(06) uma greve por tempo indeterminado que deverá atingir todas as comarcas do Estado, a partir do dia 23 de fevereiro.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Piauí (Sindjus), Carlos Eugênio Sousa, a greve foi aprovada por unanimidade porque a presidência do Tribunal de Justiça não teria negado os pedidos acordados para 2015.
“A administração do TJ, mais precisamente a presidência negou nosso reajuste já acordado e que estava no orçamento de 2015, se recusando a implementar, em detrimento disso está usando a verba para pagar auxílio moradia dos magistrados que nem regulamentado está”, destacou o presidente.
Dentre os pedidos estão: reposição salarial de 10% na tabela de subsídio de 2015 e reajuste dos auxílios alimentação e saúde, em 25% e 33% respectivamente, além de gratificações por periculosidade e insalubridade e a criação de um núcleo de plantão.
“Vamos montar nosso comando de greve na frente do TJ no dia 23 para protestar contra a falta de acordo”, afirmou Carlos Eugênio.
O poder Judiciário possui hoje cerca de 3.000 mil servidores, sendo 1.634 efetivos.
Auxílio moradia para magistrado
O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) aprovou, no final do mês janeiro, uma resolução (002/2015) onde fica assegurado aos magistrados o recebimento de ajuda de custo para moradia no valor de R$ 4.377,73. Para receber o benefício, o magistrado deverá indicar a localidade de sua residência e comunicar à fonte pagadora.
As despesas para o implemento do benefício correrão por conta do orçamento do Poder Judiciário que, em 2015, foi fixado em R$ 440 milhões. A resolução produz efeitos financeiros a partir de 15 de setembro de 2014. De acordo com o TJ, a concessão do auxílio-moradia será cancelada de ofício quando ocorrer aposentadoria, falecimento, demissão ou disponibilidade do magistrado.
Caroline Oliveira
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