A professora Elidiane Maria Barbosa Sousa, condenada em 2011 pela morte do ex-marido Gabriel Mendes da Silva, presa no último dia 20 de janeiro em uma cidade do interior do Ceará, será recambiada para Teresina no início desta tarde.
Elidiane estava recolhida no presídio feminino em Fortaleza enquanto aguardava a autorização da Justiça do Ceará para ser trazida a Teresina.
“O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, dr. Nolleto mandou uma precatória pedindo a transferência, mas só agora o juiz do Ceará autorizou, sendo que ela só tem condenação aqui no Piauí. E o delegado Samuel Silveira foi lá para trazê-la para cumprir a pena aqui”, destacou o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Baretta.
A professora deve chegar por volta das 14h30 no aeroporto de Teresina e depois de passar pelo Instituto Médico Legal (IML) será recolhida na penitenciária.
Entenda o caso
O crime aconteceu no dia 05 de setembro de 2003, na casa do casal no bairro Buenos Aires. O estudante e técnico de telemarketing, Gabriel Mendes da Silva, foi encontrado com três tiros no tórax e um na altura do ouvido, na cabeça. A principio a esposa havia dito a polícia que se tratava de suicídio, mas a família não acreditou e a investigação deu conta que havia sido assassinado e a Justiça acabou concluindo através dos autos que a esposa da vítima foi a verdadeira autora do crime, sendo condenada a 16 anos de prisão em regime fechado.
Elidiane foi condenada em janeiro de 2011, dois anos depois do Tribunal de Justiça anular o julgamento que a inocentou. O caso foi reaberto sob alegação de que o resultado contrariava as evidências do inquérito policial, de que Gabriel não poderia ter cometido suicídio ao disparar três vezes contra o próprio tórax e ainda ter efetuado um tiro na região do ouvido, contra a própria cabeça.
A doméstica Rosineuda Santa chegou a ser julgada por supostamente ter participação no homicídio, mas foi inocentada pelo júri em 2011.
Elidiane foi julgada e condenada em todas as instâncias. “Depois de ser condenada pelo Tribunal do Júri, recorreu ao Tribunal de Justiça, que confirmou o crime, ela recorreu ao STJ que confirmou a sentença e no final ao STF e mandou prender a condenada, que já morava em Fortaleza e depois da decisão do STF se mudou para uma cidade no interior onde foi capturada”, afirmou o coordenador da Delegacia de Homicídios.
Caroline Oliveira
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