Depois de empolgar a torcida e desperdiçar várias chances de gol no primeiro tempo, o River ficou no empate em 1 a 1 com o Ceará e perdeu a chance de disparar na liderança do Grupo D da Copa do Nordeste. O Galo recebeu apoio maciço do estádio Albertão, que recebeu bom público na noite desta quarta-feira (11). Com o empate, o time piauiense ainda lidera a chave, mas ganhou a companhia do Fortaleza (CE), que na terça-feira venceu o Botafogo da Paraíba por 2 a 1.
Um protagonista que não devia aparecer tanto foi o árbitro Mayron Novaes, do Maranhão, acabou recebendo as vaias da torcida e pode ter sido decisivo nos lances dos gols de Esquerdinha e Magno Alves, ambos no primeiro tempo. Além disso, foram 12 cartões amarelos e uma expulsão para cada lado, Índio, no River, e William, no Ceará.
Início de tirar o fôlego
O River começou o jogo a 120 km/h. Com seis minutos de jogo, o lateral Hugo Figueiredo acertou a trave direita. Dois minutos depois, foi a vez de Eduardo cabecear com perigo após o cruzamento da direita. Aos 10 minutos, não teve jeito. No lançamento de Júnior Xuxa,
Esquerdinha tocou para o gol. O 1 a 0 rendeu reclamações do Ceará. A posição do autor do gol em relação a linha de impedimento era duvidosa.
O Ceará quase entra na roda. Não conseguia chegar com perigo. Chutava de longe e esperava a sorte. A pressão continuou a ser riverina, com Eduardo chutando por cima do gol aos 16, e Júnior Xuxa dando passe para Tote chutar cruzado e ver a bola sair do lado do gol. Aos 23 min, de novo com Xuxa, foi a vez de Hugo Figueiredo desperdiçar outra chance.
Na metade da primeira etapa, a partida começou a se complicar. Júnior Xuxa arrancaria sozinho para a grande área quando sofreu falta. O time inteiro do River cercou o juiz antes mesmo dele sinalizar se daria cartão ou não. Paulo Paraíba e Rogério, por reclamação, acabaram punidos com cartão amarelo antes mesmo do autor da falta.
O momento de tensão em campo marca a divisão da partida. O jogo virou a favor do Ceará, que antes arriscava chutes de longe e então passou a ser mais presente na grande área adversária. Nailson, antes pouco exigido, fez duas boas defesas aos 36 e 38 minutos. No lance seguinte, Magno Alves matou a bola na pequena área e chutou, empatando a partida. O River voltou a reclamar, alegando que o jogador do alvinegro usou o braço para garantir a jogada.
Mesmo empatando, o time piauiense saiu aplaudido de pé no intervalo. Cena rara no Albertão. O árbitro recebeu as vaias os tricolores indignados.
Jogo fica tenso
Na volta do intervalo, a partida voltou mais equilibrada. As investidas do Ceará cresceram e a atuação do juiz irritou ainda mais o técnico Flávio Araújo, que acabou expulso e viu o resto da partida nas gerais do Albertão, em uma área sem torcida. De lá ele viu a espalmada de Nailson na cobrança de falta do Ceará, aos 18 minutos.
O ritmo do River caiu. O Galo ainda teve uma boa jogada aos 20 minutos, com Tote lançando para Esquerdinha e forçando o goleiro Luís Carlos a trabalhar. Mas ficou nisso. Para piorar, aos 29 o tricolor perdeu Júnior Xuxa, que saiu de campo na maca. Tiago Marabá já entraria em campo no lugar de Esquerdinha, mas o autor do gol tricolor acabou permanecendo em campo.
O Galo sentiu e por pouco não toma o revés. Aos 39 minutos, quando Nailson nada poderia fazer, Hugo Figueiredo tirou o rebote de Magno Alves em cima da linha.
Restou ao River apostar na estrela. O novato Lucas Bacelar, filho do craque Sima, entrou em campo como última esperança. Mas os gols contra equipes amadoras na pré-temporada não se repetiram.
O River volta a jogar na próxima quarta-feira (17), no Albertão, contra o Fortaleza (CE), com quem divide a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste - ambos somam 4 pontos. O Ceará, com 2 pontos, irá enfrentar o Botafogo da Paraíba, também na semana que vem e em casa. Os paraibanos ainda não somaram pontos.
Fábio Lima
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