Cidadeverde.com

"Nosso abadá é a fantasia e alegria", avisa Jorginho sobre o bloco Sanatório

Imprimir

O sociólogo Roberto DaMatta tem o carnaval como um dos temas mais discutidos de sua obra. No livro Carnavais, Malandros e Heróis, ele diz que a Folia de Momo seria a única festa popular brasileira verdadeiramente sem dono. Pode ser até que não tenha dono, mas precisa de organizadores pra botar o bloco na rua, afinal, mesmo nessa anarquia foliã, é preciso ter um alguém cantando de galo, com o perdão do trocadilho. 

Fotos: Yala Sena

Há 11 anos, quem coordena a agitação no sábado de carnaval no centro de Teresina é o promoter Jorginho Medeiros que organiza o bloco Sanatório Geral. No próximo dia 14, das 16h às 22h a diversão estará assegurada para quem ficar na capital e quiser se divertir ao som de marchinhas, sambas e frevos. Tudo na praça da Liberdade.

“Esse ano teremos o trio e a banda Eletrochoque comandada por Edvaldo Nascimento e Geraldo Brito. Às 18h30, vamos dar a ‘volta olímpica’, na Igreja São Benedito”, descreve. 

Jorginho conta que o cordão surgiu com a iniciativa de ser uma opção para os teresinenses que ficam na capital durante o carnaval, entre amigos. “Estes foram convidando outros e assim fomos crescendo. Agora contamos com vários apoios, tudo em prol da animação do bloco. Estamos garantindo uma folia gratuita onde o mais importante é o povo ir fantasiado. Nosso abadá é a fantasia e a alegria”, descreve. 

Se for certo o que diz DaMatta em seu livro: “no Carnaval, temos uma inversão organizatória, pois são os grupos ordenados para ‘brincar’ (ou seja, sambar, cantar e dançar) (...), que assumem uma assustadora permanência”, e a crescente quantidade de pessoas que acompanha o bloco, é certo que o Sanatório Geral terá uma vida longa. 

Carlos Lustosa Filho
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais