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Polícia deve concluir inquérito da morte de primeira-dama nesta quinta-feira (19)

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A Polícia Civil deve concluir inquérito da morte da primeira-dama de Lagoa do Sitio, Gercineide de Sousa Monteiro Rabelo, para esta quinta-feira (19). A primeira-dama foi encontrada morta dentro de sua residência na manhã do dia 10 deste mês. O prefeito José de Arimateia Rabelo, o Zé Simão, e a empregada doméstica Noêmia Maria da Silva Barros, são os principais suspeitos do crime.


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De acordo com o advogado Renato Sátiro, responsável pela defesa de Noêmia Barros, é preciso fazer uma reinquirição para esclarecer alguns pontos do primeiro depoimento da suspeita. "Ela tem o direito pelo fato de alguns pontos precisarem ser refeitos. As circunstâncias do primeiro interrogatório deixaram Noêmia sob pressão psicológica e as perguntas feitas para ela foram direcionadas", explicou o advogado no Jornal do Piauí desta quarta-feira (18).

O advogado informou ainda que o delegado se negou a fazer a reinquirição. "O combinado era que seria feita a reinquirição com nosso acompanhamento e nossa assistência, para que a ela fossem dadas as mesmas garantias que foram dadas para o prefeito. Para nossa surpresa o delegado demonstrou irritação com o fato e negou", ressaltou Renato Sátiro.

Alguns dos pontos que precisam ser esclarecidos, segundo o advogado, envolvem o horário da chegada de Noêmia Barros a residência da primeira-dama e o tipo de relação dela com o prefeito, que a defesa nega algum tipo de envolvimento amoroso.

Foto: Wilson Filho/Cidade Verde



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"Noêmia nega que tenha tido algum envolvimento com o prefeito. É de conhecimento da sociedade em Lagoa do Sitio que o prefeito e a primeira-dama não viviam bem, chegando inclusive a haver boatos de infidelidade por parte da primeira-dama", afirma Renato Sátiro.

Um dos pontos que também precisa ser esclarecido em um novo depoimento, segundo a defesa, é o fato de que a suspeita escondeu a arma do crime, um revólver calibre 38, que foi encontrado no telhado da casa.

"Ela não sabia que se tratava de uma arma, o objeto estava com uma flanela amarela e ela recebeu a instrução de guarda-lo. Ela apenas cumpriu uma ordem, como fez durante os cinco anos em que trabalhou naquela residência", declarou o advogado.

Com a conclusão do inquérito nesta quinta-feira, a defesa de Noêmia Barros pretende solicitar a soltura da suspeita.


José Simão e a esposa assassinada (Foto: Arquivo Pessoal)

Lucas Marreiros (Especial para Cidadeverde.com)
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