Cidadeverde.com

Suspeito de corrupção, defensor público é transferido do Greco para GTAP

Imprimir


Delegado Carlos César revelou detalhes sobre o caso (Foto: TV Cidade Verde/Reprodução)

Suspeito de corrupção, o defensor público Adriano Moreti Batista, de 41 anos, foi transferido do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) para a sede do Grupamento Tático Aeropolicial (GTAP). Preso na manhã de quinta-feira (19), ele deve permanecer no local até decisão da Justiça. A informação foi confirmada no Notícia da Manhã desta sexta-feira (20) pelo coordenador do Greco, delegado Carlos César Camelo.

Adriano Moreti Batista foi transferido para o GTAP ainda na noite de quinta-feira, por volta das 20h. Em entrevista à TV Cidade Verde, Carlos César Camelo minimizou as declarações do advogado do defensor, que alegou não haver contundência nas provas apresentadas pela Polícia Civil para prender seu cliente.

"Em relação às provas, nós estamos muito tranquilos. As provas são bastante contundentes. Nós temos depoimentos de vítimas, temos requisições do Ministério Público e temos transferências bancárias da conta do defensor para a conta da secretária da Defensoria, que também foi indiciada", argumentou o coordenador do Greco.

Carlos César Camelo contou detalhes sobre o modo de atuação do defensor público e de sua secretária, que não teve a identidade revelada pela Polícia. "Uma vez que as pessoas começaram a denunciar, o defensor começou a devolver as quantias em dinheiro através da conta da secretária. Ao confessar, a secretária trouxe isso ao conhecimento da gente, trouxe, inclusive, os extratos bancários da conta dela. Temos aí uma quantia aproximada de R$ 11 mil que foi transferida da conta do defensor para a conta da secretária", detalhou

"A versão da secretária, que a Polícia entende como correta pela contundência da sua confissão, é a de que esse valor era realmente de propina que estava sendo devolvido pelo defensor às pessoas para que não denunciassem o caso ao Ministério Público e à Polícia novamente", complementou o delegado.

No Notícia da Manhã desta sexta-feira, Carlos César Camelo relatou uma das diligências que resultaram na prisão do defensor público de 41 anos. "O delegado de Polícia de União ajudou a gente em uma das diligências no fato que uma vítima denunciou. Ela foi no carro do defensor, dirigido pela secretária a um banco para sacar uma quantia em dinheiro que o defensor estaria cobrando. O delegado foi até o banco, conseguiu captar imagens do circuito interno do banco que mostrava o veículo no estacionamento do banco. Ele conseguiu fazer o percurso que o carro do defensor fez da sede da Defensoria até o banco, passando por posto de gasolina e semáforo - filmagens que mostram a placa do veículo", esmiuçou.

Carlos César Camelo afirmou que, apesar da prisão preventiva de Adriano Moreti Batista, as investigações sobre o caso devem prosseguir. "Nós temos não só essas três vítimas. A gente tem também o conhecimento de outra pessoas. O inquérito vai continuar, as diligências vão continuar e provavelmente vão aparecer outras vítimas. A Polícia está muito tranquila em relação a isso".

Flávio Meireles
Com informações da TV Cidade Verde
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais