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Contra perda de pontos para caloteiros, Bom Senso critica medida aprovada pela CBF

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Em reunião com todos os clubes da Série A, nesta segunda, a CBF aprovou a implantação do Fair Play Financeiro Trabalhista no futebol brasileiro. O Bom Senso, no entanto, não gostou da medida e vai continuar tentando viabilizar seu pedidos pela nova lei de responsabilidade fiscal, que deve ser aprovada nas próximas semanas.

Segundo a regra, que já existe no futebol paulista desde 2012, os jogadores que estão sem receber devem fazer uma denúncia para o tribunal de justiça desportiva contra o seu próprio clube. O time pode perder pontos na competição se não efetuar o pagamento no prazo estipulado. 

"O Fair Play Financeiro Trabalhista da CBF tem chance quase zero de ter sucesso. É uma cópia do fair play paulista que é muito ruim e ineficaz. Precisa de denúncias do atleta, mas por que o jogador vai denunciar seu próprio clube para que ele perca pontos? Além disso, a gente é contra o tapetão. Sem falar da torcida, que pode ficar atrás do jogador", afirmou Ricardo Borges, diretor executivo do movimento dos atletas, em contato com a reportagem. 

"Vamos continuar tentando colocar as nossas demandas na lei que está em Brasília. A gente acha que outras punições são melhores do que essa. E é o clube quem tem de mostrar se está ou não em dia, isso deve ser uma regra durante todo o campeonato. Não é o atleta quem tem de provar isso", completou.

Em contato com o Blog Dois Toques, o presidente do sindicato dos atletas, Reinaldo Martorelli, justificou que seria contra a lei permitir que denúncias anônimas fossem feitas para esse tipo de reclamação. 

Ainda segundo Martorelli, apenas um caso foi levado para a Federação Paulista desde 2012, ano em que o Fair Play Financeiro Trabalhista foi implementado; o clube em questão acabou pagando o que devia aos seus atletas. 

"Eu não sei se eu denunciaria. Mas os jogadores podem se organizar para fazer a denúncia. Eu diria, na verdade, que é melhor ter do que não ter. Se vai funcionar da maneira certa, a gente não sabe, mas não deixa de ser um instrumento", afirmou Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, na saída da sede da CBF. 

"Bom, se o jogador não quer denunciar quem lhe faz mal... Acho que é um passo importante", acrescentou Eurico Miranda, do Vasco.


Fonte: msn

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