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Sima completa 67 anos e sonha com sucesso de Lucas: “Ele é igual a mim”

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Ele nasceu Simão. Mas passou a maior parte da vida sendo chamado de Sima, balançando redes, encantando torcedores e marcando seu nome na história do futebol do Piauí. Natural de Miguel Alves, cidade distante 110 quilômetros da capital Teresina, ele completou 67 anos neste sábado (7) fazendo o que mais gosta: batendo uma bolinha. Perto dos 70, entre homenagens e gols, ele revelou seu mais novo sonho: ver o filho Lucas brilhar com a camisa do River, clube que defendeu nas décadas de 70 e 80 e do qual é o maior ídolo.

Mesmo 28 anos após pendurar as chuteiras, o aniversariante deste sábado não se distancia do futebol. E tem orgulho disso. “Sempre jogo no meio de semana (quarta ou quinta, no Bariri ou no Iate) e às vezes nos fins de semana, quando um amigo chama para o sítio ou coisa parecida”, conta. O amor pela bola se justifica: em 21 anos como profissional, Sima foi campeão piauiense 10 vezes. Além disso, foi artilheiro do Campeonato Piauiense em 10 oportunidades. Mais: é, até hoje, um dos 10 maiores goleadores do futebol brasileiro – à frente de monstros como Careca, Leônidas, Serginho Chulapa e Heleno de Freitas e atrás apenas dos mitos Pelé, Romário, Zico, Roberto Dinamite, Cláudio Adão, Friedenreich, Túlio e Dadá Maravilha.

Em 2015, porém, Sima luta para esquecer o seu passado de glórias e sonha com o sucesso do filho Lucas, que iniciou o ano fazendo testes para ingressar nas categorias de base do River e acabou se tornando uma das esperanças do clube que tenta a classificação para a segunda fase da Copa do Nordeste e que ainda terá pela frente o Campeonato Piauiense e a Copa do Brasil. Os dois, aliás, têm muito em comum. Quem garante é o próprio ídolo.

“Ele é meio caladão. É igual a mim. Espero que continue o meu legado. Tenho conversado muito com ele e tento passar o que aprendi. Dou sempre alguma dica de como esperar a bola dentro da área. Ele está bem e está assimilando bem. É só o início da carreira dele. Tem que esperar para ver. O River é um time grande e tem um treinador muito bom e experiente. É cedo ainda, mas ele é uma boa promessa. Com a vontade que ele tem, é provável que consiga se tornar um grande jogador”, avalia.

O entusiasmo pelo sucesso de Lucas é tamanho que Sima até releva sua ausência na festa organizada neste sábado em homenagem ao artilheiro no campo da Academia de Polícia Civil, no bairro Saci, na zona Sul de Teresina. “O Lucas está treinando. Ele agora é profissional. Tem que treinar. O River está tentando uma classificação que está difícil. Sabe como é, né?”, comenta.

Na festa, organizada por amigos “das antigas”, boleiros homenagearam o antigo craque com presentes, o tradicional “parabéns pra você” e até poesia. Antes de a bola rolar, deu até para prestigiar Gerson Andreotti, com quem jogou no River e no Tiradentes e que hoje comanda o Friburguense, adversário do Flamengo pela oitava rodada do Campeonato Carioca. Em campo, onde todos usaram camisas com o número 10 às costas, ele matou as saudades de alguns de seus antigos companheiros, como o goleiro Toinho, o meia Maradona e o atacante Paulo César Vilarinho. 

Passado, presente e futuro

Aos 67 anos, Sima hoje curte uma tranquila vida de aposentado ao lado da esposa Maria Gertrudes, com quem divide uma casa no Bairro dos Noivos, a zona Leste da capital. A parceria entre os dois já dura quase 40 anos.

A parceria com Lucas, um dos oito filhos de Sima, é mais recente. O atual camisa 21 do River tem apenas 20 anos e só três jogos como profissional. Com a mesma idade, o pai já havia vencido o Campeonato Piauiense duas vezes (1967 e 1968). Além disso, também tinha sido artilheiro do estadual em uma oportunidade (1968).

Se ainda não balançou as redes com a camisa tricolor, Lucas pelo menos já ganhou o coração da torcida riverina. Mas foi do pai a melhor dica para não atropelar as coisas. “Ele (Sima) sempre me falou isso: quando entrasse em campo, eu deveria esquecer tudo para fazer tudo com perfeição”.

Flávio Meireles
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