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Aluna suspeita de dar rupinol para colegas é retirada de escola

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A adolescente de 14 anos suspeita de distribuir comprimidos de rupinol, na quinta-feira (19), para colegas na escola onde estudava no bairro Piçarreira, zona leste de Teresina, já havia sido atendida no Conselho Tutelar da região em 2013. Na oportunidade, ela havia passado por conflitos familiares, abandonado a escola e fugido de casa. A garota foi retirada da escola pela mãe na última segunda-feira (23) após pais de estudantes quererem fazer justiça com as próprias mãos.

Foto: Carlos Lustosa Filho/Cidade Verde

Segundo uma funcionária do local, que não quis ser identificada, sete alunos ingeriram os comprimidos. "Nós conhecemos os nossos alunos e percebemos durante o recreio que eles estavam com o comportamento diferente. Alguns dormiram, outros caíram da escada, sem reflexo, e quando perguntávamos o que havia acontecido, eles se recusavam a dizer. Após pressionarmos, eles disseram e descobrimos quem tinha dado os comprimidos. Perguntamos a ela, mas ela o tempo todo negou, mas os demais já haviam confirmado", descreve.

Os pais dos adolescentes foram acionados e levaram os filhos ao hospital. Um dos garotos, inclusive, teve de ser carregado nos braços. "Dois deles ainda hoje não conseguiram voltar porque estão sentindo o reflexo dos efeitos, como ânsia de vômito, tontura", revela a servidora.

Na segunda-feira, a direção da escola esteve com os pais. "As mães vieram até aqui fizeram uma manifestação e ameaçaram querer pegar a menina. Chamamos a mãe dela que, diante disso, resolveu fazer a transferência para outra escola", informou a fonte.

Depois do ocorrido, a escola fez um trabalho de conscientização com os alunos sobre os malefícios do rupinol. "Conversamos com eles, dissemos para que nunca aceitassem comprimidos de outras pessoas porque eles viram que os danos foram grandes. Aqueles que tomaram estão envergonhados e ainda estão encabulados, mas aos poucos, voltam ao normal", declarou a funcionária da escola.

Histórico
Segundo o conselheiro tutelar Djan Moreira, a garota de 14 anos havia passado pelo Conselho em 2013. "Na época, notificamos o Ministério Público e pedimos que ela fosse internada para recuperação. Acontece que aqui em Teresina não há um local apropriado para atender meninas. Só adultos. A solução talvez fosse levá-la para outro estado. Mas a prefeitura bancaria?", analisa.

Este era o primeiro ano que a jovem estava estudando no colégio onde ocorreu o fato. Segundo a servidora do local, ela foi matriculada na escola através de ordem judicial. 

Carlos Lustosa Filho
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