Vestida de roxo, a dona de casa Maria do Amparo Pereira da Silva, 60 anos, andou descalça do bairro São João, na zona Leste de Teresina, até a Igreja das Dores, no Centro. Ela contou ao Cidadeverde.com que o sacrifício é uma penitência pelo sofrimento de Maria.
"É uma penitência em relação ao coração imaculado, que é tão ofendido. E também é para lembrar que Jesus morreu na cruz por ingratidão do homem", explica a católica.
Já a costureira Vilma Pereira Lima, 49 anos, aproveita o momento para pagar uma promessa, feita enquanto se sentia adoentada. Há três anos, ela veste o manto de Nossa Senhora das Dores para seguir a procissão e promete continuar a ação enquanto viver.
"Eu sentia uma tontura muito forte e fiz uma promessa a Nossa Senhora e fui abençoada. Enquanto eu viver, eu pagarei essa promessa. Foi uma graça obtida por doença e outras coisas que não posso revelar", conta a costureira.
A procissão do Senhor Morto saiu às 17h50 da Catedral da Nossa Senhora das Dores, Centro de Teresina, em direção à Igreja São Benedito, na avenida Frei Serafim, onde será encerrada. Quem comanda a procissão é o arcebispo da cidade, Dom Jacinto Brito. Os fiéis seguiram pelas ruas Rui Barbosa, José dos Santos e Silva e 24 de Janeiro.
A estimativa da Polícia Militar é que pelo menos 10 mil pessoas participam da procissão.
Flash de Yala Sena
Redação de Jordana Cury
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