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'Estão querendo incriminar meu filho', diz mãe de Eduardo ao chegar ao Piauí

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  • aeroporto-mae-rj-11.jpg Foto: Wilson Filho/Cidade Verde
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Os pais do garoto Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos, morto em confronto policial no complexo de favelas do Alemão, no Rio de Janeiro (RJ), desembarcaram no início da noite deste domingo (5) em Teresina (PI), de onde seguirão para Corrente, 847 quilômetros ao Sul da capital. A mãe do garoto afirmou que os responsáveis pela morte do menino querem incriminar seu filho. 

Terezinha de Jesus Ferreira e José Maria foram recepcionados por uma assistente social e uma equipe da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc) do Governo do Piauí. Eles irão pernoitar em Teresina e seguirão às 6h da manhã para Corrente, em voo oferecido pelo Governo do Estado. 

Enquanto o casal desembarcou do voo da Gol às 18h50, o corpo do menino tem chegada prevista para 3h50 da madrugada, em voo da Tam. A viagem foi bancada pelo Governo do Rio de Janeiro. 

Eduardo foi morto com um tiro na cabeça na última quinta-feira (3), em ação policial no complexo do Alemão. A doméstica Terezinha, mãe do garoto, afirma que um policial efetuou o disparo e ainda ameaçou matá-la. Na versão dela, que é piauiense, os policiais confundiram o celular que o menino segurava com uma arma. 

Em entrevista ao desembarcar em Teresina, a mãe de Eduardo reafirmou que reconhece o policial e condenou o que considera ser uma tentativa da polícia de incriminar o garoto. "Eu reconheço sim, ele (policial)", garantiu.

"Eles estão querendo incriminar meu filho, mas ele não é isso. Ele estudava, meu filho não era bandido e não era filho de bandido", declarou bastante emocionada, razão que a fez pedir aos jornalistas para se sentar durante a entrevista. 

Terezinha voltou a cobrar justiça e disse que quer enterrar seu filho e voltar ao Rio de Janeiro para acompanhar as investigações. "Quero enterrar o corpo do meu filho. O que eu quero agora é só justiça".

A doméstica deixou Corrente, já próximo da divisa do Piauí com a Bahia, para tentar uma vida melhor há 16 anos. Terezinha afirmou ser muito difícil voltar ao município dessa forma. "Meu coração está partido", afirmou. 

A comoção em torno da morte de Eduardo gerou uma onda de protestos no Rio de Janeiro. A mãe do garoto afirmou que as pessoas costumam ter medo de denunciar casos como este, mas devem "colocar a boca no mundo". 

Sobre as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a moradora do Complexo do Alemão voltou a fazer críticas. "Antes de implantarem as UPPs não tinha tanto crime. Mas depois que implantaram, só gente inocente morre". 

Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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