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Mudanças no estilo de vida dimunuem riscos de câncer de ovário

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O câncer de ovário acomente cerca de 6 mil mulheres por ano. Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta quarta-feira (22), o especialista em Oncologia, Sabas Carlos, explica que, diferentemente de outros cânceres, a doença não pode ser diagnosticada de forma precoce, mas mudanças no estilo de vida dimunuem os riscos. 

"Não existe um exame para rastrear de forma precoce este tipo de câncer, como acontece com mama, intestino, colo de útero e outros. Mudanças simples, como a dimunuição da ingestão de açúcares, enlatados, evitar beber e fumar, praticar atividades físicas, enfim, ter uma vida saudável, dimunuem bastante os riscos", explica o oncologista. 

O médico falou ainda sobre a polêmica cirurgia preventiva ao qual a atriz Angelina Jolie foi submetida para retirada dos ovários e trompas de Falópio. A cineasta justificou a decisão, após a confirmação de uma mutação no gene BRCA1, que representa um risco de 87% de desenvolver câncer de mama e 50% de sofrer câncer de ovário.

"A maioria dos cânceres de ovário são esporádicos. 95% das mulheres tem câncer de ovário sem ter nenhum histórico familiar. Somente 5% dos casos tem uma história genética determinada, ou seja, é uma mutação desses genes. É claro que outros genes serão identificados no futuro, mas no momento, os dois que tem sido pesquisados são os genes BRCA1 e BRCA2 e as mulheres que tem essa mutação têm o risco muito alto. A retirada dos ovários diminui em 50% o risco de câncer de ovário e até mesmo o de mama, mas só é recomendada nesses casos de mutação. Em outros casos, a reitirada dos ovários dimunui a expectativa de vida da mulher", explica. 

Os custos dos exames para identificar uma possível mutação nos genes custa em média R$ 10 mil. As amostras colhidas no Piauí são enviadas para laboratórios em outros estados. "Esses exames só são indicados em casos muito específicos, até porque 95% dos casos são esporádicos, a pessoa adquiriu uma mutação ao longo da vida e não nasceu com essa mutação. Não tem histórico genético associado", reitera.

Ele ressalta ainda que as chances de cura em pacientes jovens superam 90% e há a possibilidade de preservação do útero e inclusive de gestação. 

 

Graciane Sousa
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