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Missa em Pernambuco abre processo de beatificação de Dom Helder Câmara

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O primeiro passo oficial de uma longa estrada a ser percorrida foi dado neste domingo (3) pela Arquidiocese de Recife e Olinda para a Santa Sé reconhecer Dom Helder Câmara como santo. Depois de o Vaticano emitir o Nihil Obstat (Nada Consta), documento em que se afirma não haver nenhum impedimento para a realização do processo, uma missa realizada na Igreja Catedral do Santíssimo Salvador, conhecida como a Igreja da Sé, em Olinda, abriu oficialmente o processo de beatificação e de canonização do religioso.

Na ocasião, o arcebispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido, deu posse ao Tribunal Eclesiástico, formado por cinco integrantes. Os nomeados têm, a partir de agora, a missão de ouvir as pessoas que conviveram com o ex-arcebispo de Olinda e Recife e analisar os textos publicados por ele. Fazem parte do Tribunal Eclesiástico: Dom Antônio Tourinho Neto (juiz delegado), Frei Francisco Fernando da Silva (promotor de Justiça), padre Josivan Bezerra de Sales (notário), irmã Maria Vanda de Araújo (notária adjunta) e irmã Margarida Maria Couto Silva (cursor).

A cerimônia foi conduzida por Dom Fernando Saburido e coube ao arcebispo emérito da Paraíba, Dom José Maria Pires, de 96 anos, fazer o sermão. O religioso lembrou a habilidade de dom Helder em conviver com a repressão da ditadura militar e, ao mesmo tempo, defender os agricultores e os mais necessitados. “Dom Helder nos ensinava que temos o dever de amar nossos irmãos, unirmos forças para enfrentar nossos opressores, sem esquecer que os opressores são nossos irmãos. Dom Helder não pensou só no presente”, discursou o religioso.

Para Saburido, domingo foi um momento histórico por iniciar, oficialmente, o processo de beatificação e de canonização de Dom Helder. “É um sonho que vinha sendo acalentado por todos nós e que, finalmente, foi possível agora”, afirmou o arcebispo. Durante a missa, ele revelou que era com alegria que anunciava o nome de Dom José Maria Pires como o primeiro a ser ouvido pelo Tribunal, em função da longa convivência que teve com o religioso. 

Fonte: Correio Braziliense

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