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Teófilo Piauizando entrevista Durvalino Couto e relembra época de filmes super 8

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Neste sábado(9), o Teófilo Piauizando entrevistou o poeta, escritor, letrista, publicitário e músico Durvalino Couto. A conversa girou em torno dos anos 70, quando Durvalino e outros jovens da época se reuniam na grama da igreja São Benedito e resolveram criar o jornal Gramma, que ganhou esse nome por conta do local onde se encontravam, mas que segundo o entrevistado, gerou problemas com a Polícia Federal na época, por ser o mesmo nome de um jornal de Cuba. "Foi apenas uma coincidência. Era um jornal mimiografado que foi gerando um movimento que culminou com a música. Começou a ter esse reboliço e de certa forma a gente capetaneava toda essas manifestações", disse Durvalino.

Nesse grupo de jovens fazia parte Arnaldo Albuquerque, Paulo José Cunha, Galvão, Viriato e outros. Durvalino Couto disse que logo depois passou a intregar o grupo o Torquato Neto, que foi o incentivador a fazer filmes em super 8. "Ele disse que era o quente do momento", afirmou.

Entre os filmes super 8 feitos na época estão "Isidora";  "Tupiniquim"; "Terror da Vermelha", e "As feras", que passou a se chamar "Davi a guiar" e mostrava os loucos da cidades. Eram filmes sem áudio, rudimentares, só com trilha sonora. Para Durvalino, mesmo com as limitações, eles tinham todo um significado por mostrar uma época e questionar várias temáticas. "Haviam várias questões[nos filmes] como drogas, submissão do homossexualismo, liberação sexual da mulher", falou.

Ainda durante a entrevista Durvalino Couto falou seu lado escritor. Ele publicou "Os caçadores de prosódias" e deve lançar em breve seu segundo trabalho, com título provisório de "Big Sentido". Atualmente também trabalha como publicitário, que segundo ele "é de onde tira seu sustento".

Durvalino que fez parte de um grupo de jovens questionadores e a frente do seu tempo, reconhece que existe na cidade pessoas com o mesmo espírito e com melhores condições de expressarem suas idéias. "Nós temos hoje uma porção de gente nova fazendo esse movimento com muito mais recursos técnicos, mas sempre com essa inquietação de mexer e questionar", opinou.

 

Marcelo Lopes

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