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Antonio Banderas critica atual febre de remakes no cinema

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Se Antonio Banderas seguir a linha de raciocínio que tanto tem exposto, não espere vê-lo num suposto “Mercenários 4” ou numa nova produção que o coloque com a máscara do Zorro ou na voz do gato de botas.

No Rio para o lançamento do nono perfume que leva sua assinatura (King of Seduction, rei da sedução em português — nome que ele acha até presunçoso), Banderas, de 54 anos, planeja se dedicar cada vez mais a coproduções e filmes sem a clássica pegada de blockbuster, afinal, diz ele, a “indústria está em crise”.

— Hollywood agora vive uma competição de remakes. Isso me assusta. “Batman 15” é necessário? Os filmes estão sofrendo. Provavelmente, é a pior crise da indústria — diz Banderas, que vê com desesperança a luta de suas colegas por equiparação salarial. — Isso não é um problema novo e eu não enxergo mudanças. Hollywood é machista.

Os olhos do espanhol brilham ao comentar a movimentação de grandes atores do cinema, como Kevin Spacey, para projetos televisivos. A propósito, “House of Cards”, na qual Spacey é protagonista, “é uma das melhores séries” que ele já viu na vida.

— A TV é brilhante hoje. Os melhores roteiristas estão lá. Não há censura, não há circunstâncias econômicas que te impeçam de fazer determinadas coisas. O mesmo tem acontecido com o teatro, que hoje está ganhando novo valor. Você não pode manipulá-lo. Coisas muito interessantes estão acontecendo.

Pronto para viver Pablo Picasso na produção espanhola “33 días”, que começa a ser filmada no fim deste ano, ele vai estrelar também um filme no segundo semestre sobre a história dos mineiros chilenos que ficaram presos em uma mina em 2010. No longa, Banderas vive Mario Sepulveda, o líder dos trabalhadores da mina, e contracena rapidamente com Rodrigo Santoro, que interpreta o ministro da mineração chilena.

— Foi bem pesado. Chegávamos numa mina de verdade muito cedo, com falta de luz. Conheci Mario Sepulveda, ele esteve nas filmagens e foi uma espécie de diretor.

Com o cinema brasileiro, que ele não cansa de elogiar (só o mexicano ganha mais elogios que o nosso), não há projetos concretos, apenas o sonho de trabalhar com Bruno Barreto. Ele aposta ainda que Rodrigo Santoro será o próximo galã por quem as americanas irão suspirar.

— Não sou eu quem digo, são as pessoas da indústria com quem converso que acham que Rodrigo será uma grande estrela no cinema americano.

Fonte: O Globo

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