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Mais de 100 vítimas de golpista em Castelo pedem providências da polícia

As vítimas de uma suposta golpista nas cidades de São Miguel do Tapuio e Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina) estão sem conseguir fazer boletins de ocorrências por causa da greve dos agentes e escrivães da Polícia Civil. Elas re reclamam principalmente da soltura da suspeita, que chegou a ser presa na última terça-feira(03) e logo depois foi liberada. 

O relato das vítimas é de que a mulher, moradora do município de São Miguel do Tapuio, tenha aplicado diversos golpes fingindo ser funcionária do Banco do Brasil e oferecendo empréstimos facilitados à população. Ela solicitava, para isso, o pagamento de uma taxa adiantada de cerca de R$ 200 a R$ 300.

As vítimas começaram a desconfiar depois que a suspeita, meses após a solicitação das "taxas", não concedeu os empréstimos a nenhum dos solicitantes.

De acordo com o advogado Leonardo Soares Lima, que representa algumas das vítimas, afirma que a mulher foi presa, levada para a Delegacia de Castelo, mas que não havia delegado na cidade e por isso ela teria sido supostamente liberada. 

“O delegado Laércio é competentíssimo, mas não tem estrutura para atuar em dez cidades. A gente sabe do esforço que ele tem feito, mas o governo tem que observar que Castelo é uma cidade fronteira e tem que ter um delegado que possa ficar aqui. A mulher foi presa, passou a tarde toda na delegacia, mas foi liberada porque não tinha delegado aqui e sei que a culpa não é dele, os agentes também estão em greve e não registraram os boletins de ocorrência das vítimas. E a estelionatária foi liberada”, afirmou o advogado Leonardo Lima. 

O advogado citou que são mais de 300 vítimas e que estão sem conseguir sequer prestar queixa do golpe que sofreram. “Uma cidade como Castelo os agentes não poderiam estar 100% de greve, mandando as vítimas voltarem para a casa. Queremos uma providência das autoridades”, destacou o jurista. 

Os agentes e escrivães da Polícia Civil estão em greve desde a última terça-feira(02) e só atendem crimes contra a vida, idosos, crianças e adolescentes. Em Teresina, os boletins de ocorrência estão concentrados na Delegacia Geral e são feitos por 30% dos agentes de plantão. 

 

Caroline Oliveira
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