As primeiras oitivas de testemunhas relacionadas aos crimes de estupro e graves lesões cometidos contra quatro adolescentes, em Castelo do Piauí (190 Km de Teresina), no último dia 27, serão ouvidas nesta quinta-feira (11). Segundo informações divulgadas no Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde, a audiência pode correr em Teresina, e não em Castelo, devido à grande repercussão do caso. 

Serão ouvidas nesta primeira audiência, testemunhas que relacionam os quatro adolescentes suspeitos presos aos crimes de estupro, lesão corporal e homicídio, já que uma das vítimas não resistiu aos ferimentos e morreu no último domingo (7). Os jovens suspeitos também serão ouvidos na audiência. 

As oitivas visam decidir o destino dos quatro garotos, que atualmente aguardam decisão no Centro de Internação Provisória (CEIP). Apreendidos do último dia 28, a Justiça tem um prazo de 45 dias a partir desta data para decidir o encaminhamento dos jovens, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Adão José de Sousa, de 40 anos, será ouvido em outra oportunidade. Além de ser o único maior de idade suspeito do crime, ele responderá também por crime de corrupção de menores, por ser apontado como mentor do crime. 

A audiência deve acontecer em Teresina, onde os quatro menores suspeitos já estão internados. Caso ocorra em Castelo do Piauí, a polícia teme que seja necessário reforço policial, devido à possível tentativa de agressão aos suspeitos. 

Laudos

Ainda de acordo com informações da TV Cidade Verde, o laudo de local de crime produzido pelo Instituto de Criminalística do Piauí já foi entregue à polícia. Os investigadores aguardam agora dois outros laudos.

Um deles está sob responsabilidade do Instituto de Medicina Legal (IML), relativo ao exame de corpo de delito realizado nas vítimas. O outro é o exame de DNA, que fará a comparação do material genético colhido dos suspeitos e nas meninas logo após o crime.

O exame está sendo realizado no estado da Paraíba, e uma perita do Piauí está no local para agilizar os resultados. Ela deve pedir prorrogação no prazo da análise do exame, que pode durar de 20 a 45 dias.

Maria Romero
[email protected]