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Castelo: promotor revela detalhes e diz que vítima teve que amarrar amigas

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  • CESARIO.jpg Promotor Cesário Cavalcante acompanha o caso
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  • marcio.jpg Tenente-coronel Márcio Oliveira
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  • 20150611050100.jpg Policiamento é reforçado durante audiência com os adolescentes
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  • 2015011050100.jpg Familiares dos adolescentes chegam ao Complexo da Cidadania
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O promotor Cesário Cavalcante acredita que apesar dos menores terem confessado o crime e revelado detalhes, na audiência de hoje(11) ele deverão apresentar outras versões mudando o depoimento. As declarações foram dadas antes da audiência com os adolescentes no Complexo de Defesa do Menor em Teresina. 

“Na minha petição está tudo bem descrito, em cima do depoimento deles das testemunhas dos prontuários médicos do hospital de Castelo e do HUT, laudo de lesão corporal, estupro e de local de crime. Está tudo muito provado”, disse o representante do Ministério Público. 

Cesário Cavalcante não tem dúvida de que o crime foi coordenado pelo suspeito maior de idade, Adão José dos Santos, 40 anos. 

Durante entrevista à imprensa, o promotor contou detalhes do inquérito policial. “O Adão é um sujeito evadido do sistema prisional de São Paulo, o inquérito dele já foi concluído e terei acesso hoje. As meninas foram abordadas por um dos menores após fazerem um trabalho da escola. Esse menor foi logo dizendo que o patrão gostava de loirinha e colocou a faca no pescoço da garota. As outras tentaram correr, mas eles jogaram pedras. Uma delas foi obrigada a amarrar as próprias amigas e em seguida eles deram socos e pontapés até elas desmaiarem, quando praticaram as conjunções carnais e atos libidinosos, pegando nas partes íntimas e as beijando à força”, descreve o promotor. 

Ele conta ainda que a intenção de matar as vítimas não foi planejada e que eles poderiam fazer mais vítimas. “De improviso eles resolveram mata-las e as amarraram em um pé de caju onde supostamente o Adão dormia. As cordas desta rede e barbantes foram utilizados para prender as vítimas, o que sugere que eles poderiam fazer novas vítimas, em seguida as garotas foram arrastadas até uma pedra e lançadas de um penhasco de dez metros de altura. Depois desceram para constatar que elas estavam mortas e as encontraram balbuciando e arquejando, então eles quebraram as meninas com pedras inclusive a jovem que morreu”, declarou em coletiva. 

As sentenças para os menores infratores devem sair em 45 dias. Nesta audiência de apresentação, os pais deles também serão ouvidos e após o interrogatório será aberta a defesa para os suspeitos e posteriormente arroladas testemunhas e vítimas. 

Cesário Cavalcante espera que os jovens sejam internados no CEM. Ainda não há data definida para Adão de Sousa ser julgado. 

O juiz auxiliar da Corregedoria do Tribunal de Justiça, José Airton Medeiros, explica que a audiência ocorre em Teresina a pedido do juiz Leonardo Brasileiro, uma vez que no município de Castelo não há um local adequado para preservar a segurança dos infratores. 

“A presença da Corregedoria se dá devido a repercussão do caso. Mas, tudo está transcorrendo dentro da normalidade. O juiz está nos procedimentos preparatórios , a audiência foi marcada em Teresina para garantir a segurança e o cumprimento de prazos”, disse o magistrado. 

A audiência marcada para as 9 horas está com mais de uma hora e meia de atraso devido a uma concessão do juiz que permitiu o contato dos menores com os pais que não os via desde o dia das apreensões, no dia do crime – 27 de maio.

 


Flash de Graciane Sousa
Redação Caroline Oliveira
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