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Sem acordo, profissionais da Enfermagem continuam em greve por tempo indeterminado

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O impasse entre profissionais da Enfermagem e a prefeitura de Teresina continua e tem trazido prejuízos aos pacientes que buscam atendimento nos hospitais municipais da cidade. Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta quinta-feira (18), o secretário municipal de Saúde, Aderivaldo Andrade, disse que é impossível atender as reivindicações da categoria. A greve começou na última terça-feira (16).

“Conversamos com os profissionais para tentar evitar a greve. É impossível atender o que eles querem. Na verdade está havendo um mal entendido. Já houve uma recomposição salarial importante, aumentos salariais para os técnicos em Enfermagem de 25%, ano  passado, e em torno de 12,9% sob vencimento do enfermeiro, nível supeiror, também ano passado. Incorporamos gratificações aos vencimentos, que é o que vai para a aposentadoria e para a carreira profissional. Esse ano haverá aumento salarial de 10% para os técnicos e 8% para o enfermeiros, valores um pouco acima da inflação. Isso é o que tem que ser oferecido, o que está em lei,  e o que eles querem a mais não temos como atender. A prefeitura já está  no limite financeiro de gasto com pessoal”, explica o gestor. 

Aderivaldo Andrade cita que, atualmente, um técnico em Enfermagem ganha R$ 1.063 e a partir de agosto o valor passará para R$ 1.170, além de três gratificações legais: insalubridade e gratificação de plantonista e emergência."Eles também terão direito a 13º salário, férias, licenças....foram muitos avanços. Para os enfermeiros, houve um avanço menor, mas aconteceu", reitera. 

Por outro lado, o presidente do sindicato da categoria, João Sérgio Moura diz que a situação está insustentável e que representantes da prefeitura não têm negociado. "A prefeitura afirma que a categoria vai ter aumento, quando na realidade vamos receber uma parcela do débito que a prefeitura tem com a gente de 2012 e 2013. Estamos lutando pelo reajuste salarial de 2015, visto que a inflação já está em 8,5%. A categoria precisa reajustar também o plantão extra. Hoje uma técnica em Enfermagem dá dez plantões por mês para ganhar R$ 700, o que é menos que um salário mínimo", disse Moura.

Sem acordo, os profissionais da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e da Fundação Hospitalar de Teresina (FHT) continuam em greve por tempo indeterminado, sendo que apenas 30% da categoria estão trabalhando e o atendimento só é realizado em casos de urgência. A paralisação tem prejudicado ainda pessoas que procuram postos de saúde para se vacinar contra a gripe. 

 

Graciane Sousa
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