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Viva Madalena: casarão permanece ocupado e jovens terão que depor

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"A Polícia Militar tentou, mas nossa ocupação continua pelo menos até segunda-feira", é o que garante Luan Rusvell, estudante de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), e um dos líderes do movimento intitulado "Viva Madalena", onde junto a outros 15 estudantes de diversos cursos na universidade, ocupam há mais de uma semana o casarão branco que fica no número 1799 da rua Félix Pacheco. Na noite desta quarta-feira (8), o grupo enfrentou uma tentativa de desocupação, mas após intervenção do secretário de Segurança Pública do Estado, Fábio Abreu, permanece com o movimento.

Por volta das 20h, policiais militares acompanhados de proprietários do imóvel e dois advogados tentaram obrigar o grupo a desocupar a casa. "Eles foram lá para tentar nos intimidar e não tinham nem mandado. Eles falaram que se não saíssemos em quatro horas, voltariam para nos retirar. Nesse tempo acionamos vereadores  e autoridades e foi o próprio secretário de Segurança Fábio Abreu, que embargou a ação policial. Nos sentimos resguardados", explicou o estudante.


Polícia tenta desocupação da casa na noite desta quarta-feira (08)

A ocupação começou na última terça-feira (01), pois o imóvel, construído no início do século XX e com características típicas da arquitetura piauiense, estava sendo lentamente demolido, supostamente para dar lugar a mais uma empresa do Polo de Saúde da capital. Por conta da ocupação, os estudantes foram denunciados por apropriação de imóvel e precisarão prestar depoimento na delegacia. Em resposta a denúncia, um protesto e uma caminhada estão sendo programados para a próxima segunda-feira (13), da casa, até onde os estudantes irão prestar depoimento.

"Nós entendemos que não estamos fazendo uma apropriação de imóvel. Na verdade estamos fazendo uma ocupação cultural com o intuito de movimentar a cultura e gerar uma educação patrimonial. O que queremos é uma intervenção do poder público. Nossa intensão é ficar na casa até segunda-feira e já criamos toda toda uma programação cultural para movimentar o local. Segunda sairemos em um ato de manifestação até delegacia porque fomos intimados a depor. Vamos a delegacia juntos até lá o movimento de resistência continua", enfatizou o estudante que representa o movimento.

Os vereadores Teresa Britto, Dudu, Rosário Bezerra e Inácio Carvalho estiveram na residência e declararam apoio a ocupação. Uma audiência com representantes do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Piauí (CAU-PI) aconteceu na manhã desta quinta-feira (09) na Câmara Municipal, para discutir a preservação de casarões antigos do Centro de Teresina.

Cerca de 15 estudantes se dividem na ocupação durante 24 horas e há uma média de circulação de 500 pessoas por dia no local. Serrá ofertada na casa, uma oficina de cartazes na noite desta sexta-feira (10) e na tarde do próximo domingo (12), uma oficina de "Teatro do Oprimido". Todas as noites acontecem exibição de curtas com a temática de patrimônio histórico e debates entre estudiosos da área e apoiadores do movimento.

Rayldo Pereira
[email protected]

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