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Estudantes vão à DP prestar depoimento sobre ocupação de casa histórica

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Três representantes da ação #Vivamadalena estão prestando depoimento na manhã desta segunda-feira (13), no 1º Distrito Policial, no Centro de Teresina. Universitários, artistas e profissionais liberais estão desde o dia 01 de julho, ocupando uma casa localizada no número 1799, da rua Félix Pacheco, tentando evitar a demolição do prédio. Os três foram convocados a prestar esclarecimentos sobre a ocupação do imóvel particular. 

O estudante de arquitetura, Emerson Mourão, declarou que o depoimento será uma espécie de marco e irá encerrar o movimento. 

"Provavelmente vamos sair ainda hoje da casa, mas queremos fazer isso na presença de um fiscal. Nosso depoimento servirá para esclarecer dúvidas. Lamento apenas o fato de só um lado está sendo chamado, pois não vimos os proprietários do imóvel e nem os empresários, que na realidade estão cometendo um crime", declarou o universitário. 

O estudante destaca que o movimento foi positivo e conseguiu avanços no campo legislativo e de conscientização da população. "A situação atual dos imóveis históricos em Teresina é similar ao do estado de guerra. As construções do Centro no perímetro entre Joaquim Ribeiro, Maranhão e Miguel Rosa estão protegidos por lei, mas o que se percebe é que são realizadas demolições durante o fim de semana, a partir dos fundos. De uma hora pra outra, o imóvel desaparece. Nós conseguimos ter uma audiência pública na Câmara, sugerimos uma modificação na lei e queremos maior fiscalização da prefeitura", declarou. 

O jovem acrescenta que após saírem da casa, pretendem realizar um protesto até a prefeitura de Teresina para chamar atenção do poder público e da população. Ele explica ainda que a demolição de imóveis considerados patrimônio pelo poder público ocorre de forma indiscriminada e acaba sendo o resultado da falta de fiscalização e das multas brandas. 

"A prefeitura não fiscaliza. Nós fizemos o papel de fiscais e conseguimos impedir esta demolição até agora. Porém, acredito que a casa vai acabar sendo derrubada. O terreno será vendido por R$ 5 milhões e a multa não vai passar de R$ 5 mil", argumenta. 

#Vivamadalena

A casa localizada no número 1799, da rua Félix Pacheco, tornou um símbolo do movimento liderado por universitários que, preocupados com a preservação do patrimônio arquitetônico de Teresina, no fim do mês de junho, se articularam pelas redes socais e ocuparam o imóvel para destruição do imóvel. Há quase duas semanas, o coletivo Frithe resolveu ocupar e tentar impedir a ação. 

Segundo a estudante de Jornalismo Isolda Benício, cerca de 20 pessoas se revezam no imóvel. "Soubemos naquele fim de semana que caminhões encostaram e tiraram a maior do telhado, janelas e portas, além de parte da fachada e da parte de trás. Um grupo de amigos me avisou e na quarta-feira, dia 01, eu coloquei as roupas na mala e fui", disse Benício. 

A estudante disse que a proprietária do imóvel, chamada de Madalena, faleceu este ano e, desde então, a casa é espólio de cinco herdeiros. "A sobrinha da proprietária chegou a conversar com a gente. A princípio, ela disse que era a favor do movimento, mas depois se voltou contra nós", reitera. 

Isolda Benício é uma das três integrantes do movimento que depôs no 1º DP e está fazendo aniversário hoje. "O que eu queria hoje de presente era que a casa não fosse demolida e mais consciência e educação para as pessoas, para que todos possam entender a importância de preservar nosso patrimônio, pela sua importância histórica e cultural, tanto para nós, quanto para as próximas gerações", reitera. 

 

Flash Carlos Lustosa
Redação Graciane Sousa
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