Familiares da estudante de Radiologia, Ana Kaline Ferreira de Menezes, que morreu após ser atropelada, no mês de maio, pedem justiça e celeridade na apuração das investigações. O veículo envolvido no acidente seria de um juiz aposentado e a informação foi descoberta pela própria família da jovem, após uma investigação paralela a da Polícia Civil. 

“Dois dias após o acidente fomos atrás de lmagens que mostrassem o veículo que teria se envolvido no acidente e logramos êxito. Então, encaminhamos esse material para a delegada Cassandra Moraes que ficou de enviar o vídeo para ser analisado pela perícia, mas até o momento não temos repostas”, disse João Henrique Gomes, primo da vítima.

Por outro lado, a titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito, Cassandra Moraes, afirma que todo procedimento está sendo realizado dentro do prazo padrão para a estrutura da delegacia e revela ainda que o proprietário do veículo já foi intimado. 

“A gente oficiou ao Detran que respondeu na semana passada. Assim que tivemos resposta do órgão, intimamos o proprietário do veículo. Está tudo dentro da normalidade, mas compreendo a família, pois perderam um ente”, explica delegada. 

O acidente aconteceu no fim da tarde de 16 de maio, um sábado. Ana Kaline, que deixou uma filha de dois anos, tinha ido ao Centro resolver um problema pessoal. Quando passava no cruzamento das ruas Eliseu Martins e 24 de Janeiro, porém, foi atingida pela Hillux e arrastada por vários metros. Ela morreu no local.

As imagens conseguidas pela família da estudante de Radiologia mostram a picape segundos antes e depois do acidente. Antes da colisão, é possível ver o carro ultrapassando outra caminhonete pelo lado direito da rua Eliseu Martins. Depois do impacto, dá para observar o veículo passando com o parachoque danificado.

“Vamos ouvir o proprietário para que ele diga quem estava dirigindo o veículo. Na delegacia, apuramos a parte criminal, o que deu origem ao acidente, quem foram os culpados e os fatores. Para isso também foi feito a perícia, tem o laudo cadavérico que ainda não chegou”, reitera a delegada. 

O primo da vítima reforça que os familiares pedem que o culpado seja responsabilizado. “Ele assumiu risco e queremos que ele seja processado por homicídio doloso. A Kaline tinha sonhos e deixou uma criança que ainda vai completar três anos de idade”, reitera João Henrique. 

 

Graciane Sousa
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