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Fundação Municipal de Saúde registrou 167 casos de AIDS em Teresina

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Teresina notificou, de janeiro a junho deste ano, 167 novos casos de AIDS em residentes da cidade. O número demonstra um avanço e a melhoria no diagnóstico da doença na capital, bem como facilidade de acesso aos exames que detectam a doença. Além disso, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) tem realizado constantemente ações de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis.

 “De 1986 até o mês de junho desse ano registramos 3.184 casos de AIDS em Teresina. Esse ano notificamos 167 casos. O que está acontecendo é uma melhoria ao acesso aos exames que detectam a doença. E, claro, as pessoas estão sendo mais informadas. Então, consequentemente, conseguimos diagnosticar mais casos e tratar da forma mais adequada”, explicou a coordenadora de DST/AIDS da FMS, Andréa Fernanda Lopes.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) reconheceu o Brasil como referência mundial no controle da epidemia. O documento, divulgado na última terça-feira (14), destacou que o objetivo de chegar a 15 milhões de pessoas em tratamento para o HIV no mundo foi alcançado nove meses antes do prazo. O relatório apontou o importante papel do país na história global de combate à doença.

 “O Sul e Sudeste do país concentram 54% dos casos confirmados de AIDS, mas o que podemos perceber é que nessas regiões os números estão estabilizados, enquanto as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste mantém uma curva ascendente do número de casos, ou seja, um aumento, e Teresina acompanha o todo”, disse Andréa Fernanda Lopes.

O relatório Unaids destaca que o Brasil foi o primeiro país a oferecer combinação do tratamento para HIV. Segundo o documento, ao fazer isso, o governo brasileiro desafiou as projeções do Banco Mundial de que haveria um aumento de novas infecções por HIV. O novo relatório, com mais de 500 páginas, também revela que as metas para a AIDS estabelecidas como Objetivos do Milênio – de deter e reverter a propagação do HIV – foram alcançadas.

“Trabalhamos no sentido de conscientizar a população para testagem e diagnóstico precoce da doença. O uso do preservativo, seja ele masculino ou feminino, ainda é o principal fator preventivo da doença. Não podemos banalizar a AIDS, apesar de termos avançado no tratamento e conseguido aumentar a expectativa de vida das pessoas portadoras do vírus”, chamou a atenção a coordenadora de DST/AIDS da FMS.

Em pessoas com AIDS, no estágio mais avançado da doença, algumas infecções oportunistas podem acometer o indivíduo. Essas infecções muitas vezes são graves e podem ser fatais, pois o sistema imunológico do indivíduo pode estar danificado pelo HIV. 
 
“Por isso, é bom prestar atenção às alterações do corpo. São infecções oportunistas, entre outras: infecções recorrentes ocasionadas por fungos (na pele, boca e garganta); diarreia crônica há mais de 30 dias, com perda de peso; pneumonia; tuberculose disseminada; neurotoxoplasmose; neurocriptococose; citomegalovirose e pneumocistose”, falou a diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba.
 
Para manter uma vida saudável e evitar que o organismo baixe ainda mais suas defesas, é necessário que a pessoa com AIDS cuide da alimentação, faça exercícios físicos e esteja bem emocionalmente. Com esses cuidados diários, será mais difícil que o corpo fique vulnerável a resfriados, gripes ou problemas gastrointestinais, que podem evoluir para doenças mais graves.

Da Redação.
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