O secretário municipal de meio ambiente e recursos hídricos, Aluísio Sampaio, informou em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (30), que a Semam vai fiscalizar e catalogar pontos de poluição do rio Poti e aplicar multas aos responsáveis. Uma ação paliativa, de remoção dos aguapés do leito do rio, também vai acontecer. As duas medidas terão início em uma semana. 

O secretário explicou que fiscais da Semam, em parceria com o Corpo de Bombeiros e o Ibama, realizarão um diagnóstico da poluição, em busca de focos de despejo de dejetos, além da presença de dragas. 

"Vamos analisar tudo, fazer um levantamento histórico de toda a mata ciliar, de empreendimentos à margem do rio e  buscar a origem de esgotos, além de uso de água do rio sem outorga da secretaria.  Vamos fazer todo o percurso do rio. Sabemos de estabelecimentos clandestinos ao longo do leito e vamos coibir a ação", declarou. 

De forma paliativa, uma empresa foi contratada pela Secretaria para que seja feita a retirada do excesso de aguapés e canaranas no leito do rio. O objetivo é evitar a formação do "tapete verde", quando as plantas cobrem o espelho d'água de uma margem a outra. 

Sampaio destacou que pesquisas de ambientalistas já comprovaram que a presença de aguapés e canaranas nos rios é benéfica ao ecossistema aquático, desde que de forma controlada. 

"As plantas fazem a filtragem de grande parte da sujeira, mas quando cobrem toda a água, impedem a respiração dos peixes e prejudicam a vida aquática. Por isso é necessário fazer a retirada", informou. 

Ele destacou que em Teresina apenas 17% do esgoto recebe tratamento adequado. A grande parte corre a céu aberto e é despejada no rio. O trecho em que será realizado o mapeamento tem início na altura do Rodoanel de Teresina e encerra no encontro com o rio Parnaíba. 

 

Maria Romero
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