O campus Petrônio Portela da Universidade Federal do Piauí, situado no bairro Ininga, na zona Leste da capital, continua sendo alvo de criminosos. Na última terça-feira (18), sete salas de professores do curso de Engenharia de Produção foram arrombadas no Centro de Tecnologia (CT) e na segunda (17) quatro estudantes foram alvo de assaltantes na parada de ônibus do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL).
A professora Adriana Silva explica que a situação se agravou com a greve dos servidores e da maior parte dos docentes. “Na verdade, está todo mundo com medo porque a universidade está deserta, sem técnicos e professores, apenas alguns estão trabalhando. Está complicado trabalhar, o que é lamentável”, pondera.
No CT, as portas das salas e armários dos professores foram arrombados e tiveram equipamentos furtados em mochilas e sacolas.
Segundo os frequentadores da UFPI, já ocorreram pelo menos cinco arrastões em um mês.
O estudante do curso de História, Ronyere Ferreira, que participa de um núcleo de pesquisas, conta que na segunda-feira (17), ele estava com a namorada e mais dois amigos na parada de ônibus do CCHL quando o grupo foi abordado por bandidos em motocicletas. “Eram quatro, em duas motos. Uma delas parou antes da parada e correu para tentar fechar o portão. Eu e minha namorada conseguimos correr e entrar, mas uma amiga foi abordada e eles levaram a bolsa dela. O outro rapaz ficou sem reação e teve o celular levado”, descreve.
Segundo Ferreira, há poucos seguranças para cobrir o espaço da UFPI. “São apenas quatro no CCHL. Dois ficam no estacionamento, outro fica na entrada e apenas um no prédio. Depois do assalto chegaram dois seguranças de moto, arrastados. É preciso fazer alguma coisa”, pede.
O reitor Arimatéia Dantas já havia anunciado providências como a abertura de um processo licitatório para a compra de 4.600 câmeras, capina de matagais próximos aos prédios e fechamento dos acessos do CCE, CT e CCHL. Apesar de ser considerada uma área federal, a UFPI deverá receber reforço de policiamento da Polícia Militar nas ruas que circundam o campus.
Carlos Lustosa Filho
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