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Obra de Clarice Lispector viaja o mundo em nova coletânea

Depois de apresentar a história de Clarice Lispector ao mundo, em 2009, com a premiada biografia "Why this world: a biography of Clarice Lispector" (no Brasil publicada como "Clarice", pela Cosac Naify), o escritor americano Benjamin Moser conseguiu, agora, outra proeza: fazer com que as pessoas de fato leiam a obra da escritora brasileira.

Alguns dos melhores críticos literários do mundo já o fizeram. E o resultado tem sido surpreendente. Com a recém-lançada coletânea “The complete stories” (New Directions), que reúne 85 contos da autora, editada por Moser e traduzida para o inglês por Katrina Dodson, foram publicadas, nas últimas semanas, dezenas de resenhas com elogios rasgados à obra de Clarice em alguns dos principais suplementos literários do mundo.

Só nos Estados Unidos, a "New York Book Review" a pôs na capa, um feito inédito entre escritores brasileiros; o "Wall Street Journal" a chamou de "Virginia Woolf brasileira"; a "Vanity Fair" enunciou: "Chegou afinal o momento da brilhante escritora brasileira. Quase 40 anos depois de sua morte, os leitores não se cansam dela. E como não amá-la?".

Além disso, desde ontem acontece em Nova York a Clarice Week, série de eventos em homenagem à autora, que segue até o dia 27. A “porta-estandarte da literatura brasileira”, como brinca Moser, no entanto, não ganhou o posto só pelo talento.

Por trás de cada publicação, cada evento, cada crítica espantada diante de “uma escritora da América Latina tão criativa quanto um Jorge Luis Borges” está o lobby afetivo dele mesmo, o autointitulado presidente da escola de samba Unidos de Clarice Lispector.

Fonte: O Globo

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