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Quentin Tarantino diz que ainda há chance para Kill Bill 3

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O diretor americano Quentin Tarantino não descarta a possibilidade de fazer Kill Bill 3, continuação dos dois primeiros e elogiados filmes de 2003 e 2004, sobre a vingança da Noiva (Uma Thurman) contra a equipe de assassinos que a traiu, da qual ela fazia parte. "Não está descartado, vamos ver", disse Tarantino em entrevista à revista americana Vulture publicada no domingo (23). Nela, o diretor de Os 8 Odiados, longa previsto para janeiro no Brasil, disse que Justified e How I Met Your Mother foram as últimas séries que viu -- e adorou -- e criticou True Detective: "Achei muito chato e a segunda temporada parece ser horrível. Todos aqueles atores lindos fingindo não serem lindos e andando de um lado para o outro como se o mundo estivesse nas costas deles".

O vencedor de dois prêmios Oscar de melhor roteiro original por Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994) e por Django Livre (2012) disse que o público está mais "sofisticado" e que isso não é um problema, e que o contrário, sim, seria -- caso os espectadores fossem "burros".

Questionado se ele compartilha da mesma visão pessimista que a dos diretores Steven Spielberg e George Lucas sobre o futuro da indústria do cinema, cada vez mais dependente de grandes franquias, Tarantino respondeu: "Meu pessimismo não é com as franquias. Elas estão aí desde que nasci. Fala-se de Transformers agora, mas antes se falava de Planeta dos Macacos e James Bond quando eu era criança - eu não aguentava esperar para vê-los". "Não sei por que Spielberg e Lucas reclamariam de filmes como esses. Eles não têm que dirigi-los."

Dirigir uma franquia não está nos planos de Tarantino, que gostaria de ter comandado o longa de terror Pânico (1996), dirigido por Wes Craven (A Hora do Pesadelo). "Parecia que tinha uma corrente de ferro atada ao tornozelo de Craven que o impediu de ir à lua", falou o cineasta americano

Fã de quadrinhos, Tarantino disse não ter "problema com toda essa coisa de super-heróis", mas, se pudesse, faria a moda acontecer antes: "Eu apenas queria não ter precisado esperar pelos meus 50 anos de idade para este ser um gênero dominante nos cinemas. Nos anos 1980, quando os filmes eram horríveis, seria uma boa época".

Sobre o momento que as séries e os filmes passam com a tecnologia de transmissão por streaming, popularizada pela Netflix, o diretor, que diz não ser adepto, reclamou da maneira como as obras são consumidas. "É algo geracional, mas não significa que estou deprimido com isso. Porém, a ideia de alguém ver um filme meu em um telefone é muito deprimente."

Fonte: Veja

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