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Atletismo: Fabiana Murer completa uma década entre as dez melhores do mundo

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Fabiana Murer fechou sua temporada 2015 com um título pelo salto com vara. Nesta terça-feira, ela venceu o Meeting de Zagreb, na Croácia, com 4,50 m, recorde do campeonato. Nada melhor para um ano que já lhe deu a medalha de prata no Mundial de Pequim e no Pan de Toronto.

Aos 34 anos, a saltadora do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA comemora sua longevidade. Pela décima temporada consecutiva, ela termina entre as dez melhores no ranking do salto com vara, atingindo novamente sua melhor marca individual -- 4,85m, na capital chinesa. 

 "Vejo que todo mundo da minha geração está parando, só estamos eu, a Jennifer (Suhr, campeã olímpica dos Estados Unidos) e a Martina (Strutz, alemã prata no Mundial de Daegu 2011). A Holly Bradshaw (saltadora britânica) tem dez anos a menos que eu! Vejo novas atletas vindo, uma nova geração, e fico contente por me manter em alto nível por todos esses anos", avaliou a saltadora, que vai retornar ao Brasil nesta semana e entrar em férias antes de voltar ao trabalho para os Jogos Olímpicos do Rio.

Em 2005, Fabiana já era recordista brasileira: 4,40 m, marca obtida em Porto Alegre que igualaria na prova de qualificação de seu primeiro Mundial, realizado em Helsinque, na Finlândia. O resultado foi suficiente para que a saltadora, que em 2004 era apenas a 65ª do mundo, terminasse 2005 em 25º lugar no ranking.

Em 2006, Fabiana entraria definitivamente para o rol das principais saltadoras do mundo, condição que nunca mais deixou. Em agosto, venceu o Super GP de Mônaco, uma das provas mais charmosas do circuito, com 4,66 m, e saltou a mesma marca, dias depois, em Bruxelas.

De lá pra cá, Fabiana conquistou quatro medalhas em Mundiais (dois ouros, uma prata e um bronze, indoor e outdoor), três medalhas em Jogos Pan-Americanos (ouro no Rio/2007), duas edições da Diamond League (2010 e 2014) - conquistas inéditas para o atletismo brasileiro.

"Dez anos atrás eu estava entrando nesse circuito de provas internacionais. Nem imaginava até onde poderia chegar, mas sempre tive muita vontade de ganhar. Isso me fez crescer. Comecei na era da Yelena Isinbayeva, que batia recordes e recordes. E eu ficava imaginando: será que um dia serei a primeira? Será que vou ter alguma chance? Sempre soube que só seria possível se eu conseguisse evoluir. E eu fui campeã mundial duas vezes com ela na prova. Aproveitei as oportunidades que tive."

O técnico Elson Miranda, que acompanha Fabiana desde o dia em que ela fez o teste para a escolinha de atletismo em Campinas, no ano de 1997, parabeniza a pupila. "Estou muito orgulhoso da Fabiana, de poder treiná-la. Ela continua no alto nível, batalhando muito.Em meio aos altos e baixos, ela se mantém. Nesse ponto, a Fabiana é uma unanimidade: é a atleta que mais tempo compete em alto nível", disse. "Sempre quis que a Fabiana fosse uma das melhores. Ela mantém o nível por ser muito boa tecnicamente."


Fonte: IG

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