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Aguapés cobrem leito e ambientalista diz que situação do rio Poti está mais crítica

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A poluição e o assoreamento no rio Poti, em Teresina, estão ainda mais graves este ano. É o que diz o ambientalista José Ribamar Rocha em entrevista ao Jornal do Piauí nesta sexta-feira (2). O secretário municipal de Meio Ambiente, Aluísio Sampaio, diz que medidas paliativas e de fiscalização e autuação estão sendo tomadas. 

"Estamos vivendo uma situação muito mais grave que as anteriores, porque tínhamos só o aguapé, decorrente da poluição. Dessa vez temos a canarana, que aparece com o assoreamento. Até mesmo a medida paliativa, de retirada do aguapé, não será possível, porque com o baixo nível do rio os barcos não vão ter navegabilidade", declarou. 

O secretário Aluísio Sampaio informou que a Seman tem feito um trabalho de fiscalização, além das ações emergenciais.0 "Estamos autuando as infrações. O trabalho terá resultado maior quando as pessoas deixarem de poluir", disse. 

Ele comentou o problema e fez a defesa do projeto de cessão do Instituto de Águas: "Por isso defendo que se avance na criação do Instituto de Águas. Hoje, pior do que está é dificil ficar. É necessario que a CMT discuta alternativas para financiar o sanemamnentpo em Teresina. 

E reconheceu como infrutífera a retirada mecânica dos aguapés do rio. "Estamos tentanto conter os aguapés, é como uma ação 'enxuga gelo', falando na linguagem bem popular, para que não aconteça o que se está acontecendo na margem. O que é possível fazer, estamos fazendo. Estamos com equipes retirando e empurrando os aguapés. É o que podemos fazer na secretaria por enquanto, o inverno foi fraco", disse.  

As plantas surgem realizando a "filtragem" de grande parte da sujeira depejada no rio, mas quando cobrem todo o espelho d'água, impedem a respiração dos peixes e prejudicam a vida aquática. No caso das canaranas, que se fixam no solo, elas aparecem quando o assoreamento é intenso e o nível do rio cai drasticamente. 

A prefeitura tem feito a retirada das plantas e a fiscalização dos pontos de despejo de esgoto no rio desde o início de setembro e diversas autuações já ocorreram. 

 

Maria Romero
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