A perita criminal Julieta Castelo Branco relatou, na noite desta segunda-feira (5), a cena que encontrou ao chegar no local onde quatro pessoas foram mortas na manhã deste domingo, no Povoado Murici, na zona rural de Madeiro, a 245 quilômetros ao Norte de Teresina. Mesmo acostumada com situações adversas, ela definiu como chocante o que viu.

"Chegamos lá por volta de 10h e a cena era chocante. Uma família se deparar com aquilo, você vê a tristeza das pessoas, mas fizemos nosso levantamento no local", afirmou.

O suspeito pelas mortes, segundo a Polícia Militar, é o pedreiro Manoel Elenilson Santos Sousa, 34 anos. A motivação seria passional. "Quando chegamos eram 3 mulheres sem vida e um idoso. As duas mulheres tiveram corte com arma branca no pescoço. Um corte contuso, mas não podemos afirmar ainda que é um facão. A idosa e o senhor foram mortos com o material semelhante a uma estaca, encontramos no local com resquicios de sangue", lembra a perita.

Ela conta que procurou realizar seu trabalho com a maior brevidade possível, já que os corpos estavam expostos ao sol de formas degradante. "Fazer o mais rápido possível o exame nos corpos para liberar do local, já que estavam expostos ao sol. Aquilo é muito duro para a família", disse.

Os corpos das vítimas ficaram espalhados ao redor da casa onde funcionava um terreiro de religião de matriz africana, no povoado Murici.

As vítimas foram identificadas como Teresinha de Jesus, 32 anos, Maria das Graças Conceição, a avó de 71 anos, Francisca das Chagas dos Santos, 21 anos, e o homem idenficado apenas como Assis. Os corpos chegaram ao IML de Parnaíba por volta do meio-dia e foram liberados às 19h, de domingo. Apenas a idosa teve o corpo liberado na manhã desta segunda por conta de problemas com documentação.

Hérlon Moraes
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