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Léo Cachorrão comprova boa fé e diz que Operação Mercedes é página virada

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O cantor Leonardo Lima das Neves, mais conhecido como Léo Cachorrão, relembrou nesta sexta-feira (16) em entrevista exclusiva à TV Cidade Verde, a situação embaraçosa que viveu por conta do envolvimento de seu nome na Operação Mercedes. Ele comprou um dos 17 carros apreendidos pela polícia na operação que descobriu um esquema de vendas de carros de luxo que gerou um prejuízo de R$ 2 milhões. A quadrilha comprava os carros usando documentos falsos e vendia com preço bem abaixo do mercado.

“Foi muito difícil. Eu não tenho família aqui, é toda do Rio Grande do Norte. Eu tenho a família que é a minha banda e meus amigos. Foi uma barra muito grande que passei. O jeito que foi transmitido para o público. Dos 17 carros, só seu nome foi exposto toda hora”, afirmou o cantor.

Léo disse que comprou o carro diretamente de Roberto Albert Lima de Carvalho, apontado como suspeito de comandar a quadrilha. Ele e a mulher continuam presos. “Eu fechei negócio com ele após vender o meu carro. O rapaz já vinha me procurando há vários dias, e eu dizia que não podia comprar, que era muito caro. Chegou um certo dia que eu vendi meu carro e ele (Roberto) estava com esse carro. Paguei o ágio, a entrada que ele deu na loja, e assumi as prestações. Eu paguei R$ 40 mil nesse carro e assumi o restante. O carro foi comprado por R$ 96 mil”, relata.

O cantor afirma que parou de pagar o carro após Roberto sumir e não mais enviar os boletos das prestações.

“Ele sumiu. A gente ligava, a gente tem prints de telefone, conversas. Cobrava os boletos para que o carro não ficasse em busca. Eu deixei de pagar as prestações quando ele deixou de fornecer os boletos”, disse.

A polícia decidiu não indiciar o cantor após ele apresentar extratos de sua conta corrente que mostram a transferência dos R$ 40 mil de ágio. “A transferência foi feita da minha contra pra dele. Tenho o extrato de revisões. Andei lá na concessionária umas 5 vezes para que eu tivesse a tranquilidade. As peças desse carro não eram baratas”, afirmou o forrozeiro.

Léo Cachorrão lembra que seus funcionários foram vitimas de brincadeiras maldosas por onde passavam. “Alguns músicos sofreram. Perguntavam se eu estava preso. Léo Cachorrão não para”, finalizou, ressaltando que o caso é página virada.

A Operação Mercedes foi deflagrada no começo de setembro com o objetivo de desarticular uma associação criminosa que atuava na compra de veículos de luxo com documentos falsos. Todos os carros apreendidos estão em poder do banco financiador.

 

 

Hérlon Moraes
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