A Casa do Oleiro, que funciona no sítio Paraíso, está com vagas abertas para mulheres que enfrentam problemas com as drogas. Dos 30 leitos, 22 estão disponíveis. O projeto é nacional e executado pelas igrejas evangélicas e nasceu na década de 80. No Piauí, o projeto funciona há cinco anos.
"Estou mudada transformada em nome do senhor Jesus. Aqui nós não usamos remédios, usamos a palavra de Deus. Aqui, a gente planta para colher a semente do amor...aqui só existe o amor", disse uma das internas que se envolveu com drogas e foi presa após vingar o assassinato de dois filhos e do marido.
A comunidade terapêutica é voltada para a recuperação de dependentes químicos. Durante o dia, os internos cuidam do jardim, alimentam animais, cultivam as hortas, limpam o ambiente, entre outras. Nas horas vagas, eles recebem orientações espirituais e participam de atividades de lazer.
"O programa de internação tem duração de seis meses, podendo se estender um pouco mais, e é dividido em três fases, de dois meses cada uma. É um ciclo e funciona no modelo de escola, como se fossem 1ª, 2ª e 3ª séries. Temos uma grade curricular de ensino, onde o acolhido ao ser inserido no início do programa, começa a cursar e a espera é que após um semestre, ele seja aprovado", explica o pastor José Gouveia, coordenador da Casa do Oleiro.
Além da ala feminina, existe ainda o setor masculino, que tem capacidade para 110 internos, sendo que 20 vagas ainda estão abertas. O tratamento é gratuito e só é possível devido a ajuda financeira da Coordenação de Drogas do Piauí e de doações da comunidade. Atualmente, a Casa necessita de alimentos não-perecíveis e adubo para as hortas.
Os interessados em ajudar a instituição podem entrar em contato por meio do número 86 3234 8284 ou se deslocar ao escritório da Casa do Oleiro, situado na avenida Senador Arêa Leão, nº 4159, bairro Morada do Sol, Zona Leste de Teresina, onde também ocorre a triagem para a entrada de novos internos.
Da Redação
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