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Cleo Pires fala sobre fase de desamparo: "É difícil existir, dói”

Quem vê Cleo Pires linda, atriz de sucesso na TV e no cinema não imagina que, assim como qualquer pessoa, ela também tem seus dilemas. Entre eles, alguns dos quais não se resolvem facilmente. “Todos precisam de ajuda. Eu já precisei de ajuda. Várias pessoas me tiraram do fundo do poço”, diz, franca.

Fotos: Alê de Souza/Editora Globo

Por já ter passado momentos de “desamparo”, Cleo conta que tem sensibilidade aguçada para os problemas alheios. Aos 33 anos, a atriz – que volta à televisão na série Supermax, da Globo, ainda sem data de estreia, e está em cartaz com o longa Operações Especiais – participa de projetos sociais no Brasil, em favelas do Rio e São Paulo, e também no exterior. Um deles é o Água nas Escolas, em Cabo Verde, na África, que luta para levar água potável para crianças. “Encaro a vida como um desafio. E amo viver assim”, diz.

 

DESAMPARO
“Algumas vezes na minha vida tive momentos fortemente niilistas (doutrina filosófica marcada pelo ceticismo extremo e que consiste basicamente na negação de todos os princípios religiosos, políticos e sociais). Nada fazia sentido! Achava que não havia saída, eu sentia um desamparo enorme. Isso me fazia mal, estava refém desse sentimento. Aos poucos entendi que isso é reflexo da condição humana. É difícil existir, dói.”

 

FUNDO DO POÇO
“Chegar ao fundo do poço é não achar graça na vida, não fazer questão de viver. Várias pessoas me tiraram do fundo do poço.”

AÇÕES SOCIAIS
“Todos precisam de ajuda. Eu já precisei de ajuda. Não é mérito contribuir e chegar lá parecendo a rainha da cocada preta. Não gosto dessa coisa de ‘salvadora’. Odeio, não acredito nisso.”

TERAPIA
“Pego ajuda em todos os lugares. A terapia, na verdade, é só uma interlocução de um trabalho que você está fazendo consigo mesma. Não é ninguém que vai mudar a sua vida. É você! Faço e tem resultado.”

CINEMA
“Venho do cinema (ela estreou em Benjamim, de 2004). É com o que me identifico, uma arte que cresci vendo, que faz parte da minha cultura. Como produtora fico responsável por muitas coisas que, como atriz, não tenho noção de que estão acontecendo (ela é dona da produtora Jiraia). Tenho carinho pelo cinema.”

PLANOS
“Quero investir em música. Quando me tornei atriz, eu tinha uma banda. Mas abandonei. Escrevo desde os 12 anos. É uma coisa que me faz bem, mas nunca mais me envolvi pessoalmente com aquilo. Depois que comecei a namorar o Rômulo (faz uma pausa)... Ele é muito musical, a gente fica pirando juntos nas ideias (risos).”

FAMÍLIA
“Em Goiânia, a família do meu pai Orlando (Morais, casado com a sua mãe, Gloria Pires) é gigantesca. São muitos primos. Sou grata à minha ‘família adotada’, digamos assim, porque me deram chão, amor, referência. Sempre pude contar com eles. E é amor incondicional. São as minhas pessoas! Sou louca por todos.”

 

DOIS PAIS
“Me sinto privilegiada por ter dois pais. É muito bom. Eles são especiais e me amam. É incrível. Meu pai Orlando talvez seja a pessoa mais importante da minha vida. Ele comprou a minha onda, me deu estabilidade, chão, exemplo e amor. E sou louca pelo meu pai Fábio Jr.”

 

CASAMENTO
“Rômulo e eu nos conhecemos e nos acoplamos um ao outro. Mas moramos juntos como decisão faz um ano e pouco. Em casa, ele faz as coisas dele e eu, as minhas. Às vezes, a gente fala: ‘Ai, vamos ficar grudados?’.

E aí a gente fica (risos)! Viajamos muito também. Nossa relação dá certo por vários motivos. Queremos muito estar junto. E olha que a gente é complicado, hein... É difícil conviver comigo e é difícil conviver com o Rômulo. São personalidades fortes e confusas. Só que a gente se admira, quer que dê certo.”

QUESTÕES
“Tenho as minhas questões, meus defeitos, minhas qualidades... E não vou ficar sendo apologética por quem sou. Ou gosta ou não gosta! Vou fazer o que quero. Não sei se isso é ser bem resolvida. Mas sofro, me sinto frágil, fico vulnerável. Tenho descoberto isso.”

ADOÇÃO
“Quero ter filhos e tenho vontade de adotar. Senti esse amor de um lado. Minha avó adotou dois filhos quando eu era criança. Vivi isso a minha vida inteira, todos os tipos de amor. Quero experimentar isso também. É uma escolha, tem uma coisa espiritual linda por trás desse ato de adoção.”

DREAD
“Os dreads, na verdade, foram ideia da (atriz) Vânia de Brito. A gente ficou muito amiga e, conversando sobre caracterização, ela deu essa ideia e pirei. Abracei a causa. Era um pretexto para finalmente ter dreads (risos)! Eu tinha vontade de colocar desde a adolescência... Mas, naquela época, tudo o que eu sabia era que não podia lavar, tinha que raspar o cabelo e exigia cuidado.”

 

 

Fonte: Quem

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