Cidadeverde.com

Cemitérios para pets recebem moradores no Dia dos Finados

Imprimir

Com saudade dos antigos animais de estimação, moradores do Distrito Federal vão aproveitar o Dia dos Finados, celebrado nesta segunda-feira (2), para visitar cemitérios voltados a pets. Empresários ouvidos pelo G1 dizem esperar cerca de cem visitas em unidades da capital do país e do Entorno.

Proprietário de um cemitério para animais, Rodrigo Macedo afirma que realiza 50 cremações e enterros por mês. O preço cobrado é variável. No caso da cremação, o custo é a partir de R$ 350, conforme o peso do bicho. No do enterro, a partir de R$ 375, de acordo com o tamanho.

"Mais de 200 animais de estimação estão sepultados no local. A predominância é de cachorros e gatos, mas já atendemos passarinhos, cobras, entre outros. Nossa atenção número um é com o atendimento, trabalhamos para atender ao cliente da melhor maneira possível e com a maior brevidade em um momento tão difícil. Temos uma central de atendimento 24 horas. Providenciamos tudo, desde a remoção até os preparativos finais para a realização da cremação ou do sepultamento", diz.

A advogada Vanda dos Reis, de 42 anos, enterrou o “melhor amigo” em setembro de 2014. Ela conta que, por o animal ser considerado parte da família, a opção foi fazer um investimento alto para enterrar Rex. A mulher pagou R$ 1 mil referente ao translado do corpo, velório e sepultamento com a lápide. Ela também paga R$ 460 por ano para manutenção.

"Visitamos ele com frequência, inclusive no Dia dos Finados. Era meu menino em forma de um cachorro. Me referia a ele como meu filho. Quando as pessoas me perguntavam quantos filhos eu tinha, de imediato respondia: tenho três. Levamos brinquedo, a vasilha de água dele, flores e balões para colocar sobre o túmulo."

Proprietária do Memorial Jardim dos Animais, Scheila Ribeiro conta que há mais de mil animais enterrados no cemitério criado por ela. Segundo a mulher, os visitantes levam geralmente fotos, flores e ossos.

"Eles fazem parte da família brasiliense. É difícil quando os perdemos, né? Geralmente o Dia dos Finados é de grande comoção, as pessoas sentem muita falta e sempre dizem: 'Já visitei uma parte da família [humanos], agora estou vindo visitar meus bichinhos."

"Eu ganhei a Duda com 8 anos de idade, em 2000. A causa da morte ainda é desconhecida. Na verdade, ela foi sacrificada, pois estava muito doente e já não levantava mais nem para fazer as necessidades fisiológicas. Sofri bastante quando ela foi embora. Nos primeiros dias eu, sem querer, ainda chamava por ela e aí percebia e lembrava que não estava mais viva, era horrível, indescritível."

A estudante diz que Duda tem a mesma importância que um integrante da família, por exemplo. Para amenizar a saudade, ela guarda fotos de todas as fases de vida da cadela. "É bem clichê dizer isso, mas a Duda vai ser eterna. Ela se foi e levou uma parte de mim, com certeza, eu sinto como se tivesse um buraquinho no meu coração, ela foi e ainda é uma das melhores coisas que dá minha vida, é única e insubstituível", diz, emocionada.

Fonte: G1

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais