Vendedores de plantas e flores da praça do Marquês, na Zona Norte de Teresina, foram 'forçados' a instalar cercas aos arredores dos pontos de venda para se proteger da ação de bandidos. Os permissionários consideram a medida drástica, mas a única solução para se proteger da criminalidade. A feira permanente existe há mais de 30 anos.
Como outra ação paliativa, os comerciantes contrataram um vigilante particular para circular pelo local, mas não foi suficiente. A iniciativa de cercar os pontos de vendas não conta com o apoio da prefeitura. "A gente não tem mais como ficar com tudo aberto. É um risco constante", defende a vendedora Irlane Mara.
Por outro lado, o gerente de fiscalização da SDU Centro-Norte, Eneas Costa, entende que a medida está obstruindo o passeio público, e tornando o que é um bem comum para a sociedade, como algo privado.
"A prefeitura não tinha conhecimento do que estava acontecendo. Estas grades não podem permanecer no local, pois está obstruindo o passeio público. A pessoa não pode murar uma praça e dizer que aquele espaço é seu. Os vendedores serão notificados a retirarem as grades em 24h e caso isso não ocorra, a prefeitura irá remover os cercados", disse o gerente de fiscalização, em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta terça-feira (03).
Sobre a possibilidade de reforçar a segurança na praça, Eneas Costa tratou a situação como um problema de competência do Governo do Piauí.
Graciane Sousa
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