Cidadeverde.com

Um mês após incêndio, Polícia trabalha em prédio sem internet e celas em Elesbão Veloso

Imprimir

Um mês depois de um incêndio destruir parcialmente a Delegacia de Elesbão Veloso, a Polícia Civil da cidade localizada a 155 quilômetros de Teresina trabalha em um prédio alugado e improvisado sem internet e celas para abrigar presos. Em situação delicada, o delegado e os cinco agentes da cidade, que também respondem por Francinópolis, Várzea Grande, Barra D'Alcântara e Tanque do Piauí, torcem para que a Secretaria de Segurança encontre uma solução para o problema o quanto antes.

O incêndio que destruiu o prédio e parte do trabalho da Polícia Civil em Elesbão Veloso aconteceu no dia 3 de outubro e teve início após um curto-circuito. O prejuízo na época só não foi maior porque moradores do município ajudaram a combater as chamas. Mesmo assim, a delegacia foi fechada e uma casa vizinha foi alugada para receber o delegado Andrei da Costa Alvarenga e seus agentes.

"No prédio provisório, não temos como manter os presos. Eles precisam ser levados para Valença, que fica localizada a 70 quilômetros de Elesbão Veloso. Ou seja, é necessário percorrer 140 quilômetros só para deixar um preso. Além disso, não há internet. Até mesmo mandar um simples email é impossível. Enfim, a estrutura não é a melhor para fazer o trabalho policial", lamenta o delegado Andrei Alvarenga.

Preocupada com a situação do delegado e seus agentes, a Secretaria de Estado da Segurança Pública já indicou que pretende construir um novo prédio para abrigar a Delegacia de Elesbão Veloso. Em contato com o CidadeVerde.com, porém, a pasta comandada pelo deputado federal licenciado Fábio Abreu (PTB), não deu um prazo para o início de obras - os técnicos da Secretaria ainda estão providenciando um terreno para receber a nova estrutura da Polícia Civil no município.

Enquanto o novo prédio não sai, Andrei Alvarenga tenta conduzir o trabalho da Polícia Civil em Elesbão Veloso e região do mesmo jeito que conduzia antes do incêndio de 3 de outubro. Mas os problemas se multiplicam. "A demanda continua a mesma. Mas as condições de trabalho ficaram muito piores. Se a Polícia Civil já não conseguia suportar a demana, agora ficou ainda pior", argumenta.

Por conta própria, delegado procura terrenos para nova delegacia

Para agilizar a construção da nova delegacia, o próprio delegado Andrei Alvarenga fez um levantamento dos terrenos do Governo do Estado em Elesbão Veloso que podem ser utilizados. "Entreguei para a Secretaria de Segurança uma lista de terrenos do estado que tem no município para construir a nova delegacia. Até no cartório daqui eu fui atrás. Só precisar fazer a licitação necessária. Notei no secretário Fábio Abreu uma boa vontade. Agora depende do aspecto financeiro", comentou.

Em um prédio sem internet, celas para presos, banheiros em número suficiente e até pátio, Andrei Alvarenga só tem uma coisa a comemorar: a possibilidade de perder meses de trabalho de investigação nas chamas, declarado no dia do incêndio, não se confirmou.

"Conseguimos recuperar boa parte. Na verdade, quase tudo. O incêndio não chegou a incinerar os papéis. Graças a Deus estavam bem guardados. E houve a ação da população. Por isso, os inquéritos não queimaram. O fogo só causou grandes transtornos", finalizou.

 

Flávio Meireles
[email protected]

  • fogo2.jpg Foto enviada pelo Whatsapp
  • fogo1.jpg Foto enviada pelo Whatsapp
  • abreu6.jpg Foto: Facebook/Capitão Fábio Abreu
  • abreu5.jpg Foto: Facebook/Capitão Fábio Abreu
  • abreu4.jpg Foto: Facebook/Capitão Fábio Abreu
  • abreu3.jpg Foto: Facebook/Capitão Fábio Abreu
  • abreu2.jpg Foto: Facebook/Capitão Fábio Abreu
  • abreu1.jpg Foto: Facebook/Capitão Fábio Abreu
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais