No confronto, outros nove cangaceiros foram mortos. São eles: Quinta-Feira, Luís Pedro, Mergulhão, Elétrico, Enedina e outros quatro que ainda permanecem desconhecidos, segundo o pesquisador Antônio Amaury Corrêa. Todos tiveram suas cabeças cortadas e expostas como troféus na escadaria onde hoje funciona a Prefeitura de Piranhas (AL).
Lembranças
Missas e eventos em memória do casal de cangaceiros devem ser realizadas em cidades de pelo menos quatro dos sete estados onde há registros oficiais da passagem de Lampião. Segundo o historiador João de Souza, 43 anos, o cangaceiro circulou pelos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe. "Nestes quatro últimos é que a presença dele se fez mais marcante."
A cidade de Paulo Afonso (BA), onde nasceu e viveu Maria Bonita, vai completar 50 anos de emancipação política na mesma data em que a morte do casal aconteceu. Durante os dias 14 e 18 de julho, o pesquisador e historiador Luiz Rubens Bonfim expôs o trabalho "Manchetes sobre a morte de Lampeão". A exposição é o resultado de uma pesquisa sobre as manchetes veiculadas em jornais da época.
Em Poço Redondo será realizada a I Mostra Cultural - Raízes de um povo, que começa nesta sexta-feira (25) com um desfile de carros de boi. A missa na Grota de Angicos será realizada na segunda-feira (28), às 9h, com a presença de Expedita Ferreira Nunes e Vera Ferreira, filha e neta de Lampião e Maria Bonita, respectivamente.
Durvinha
Souza aproveitou a data dos 70 anos do confronto em Angicos e lançou nesta quarta-feira o livro "Moreno e Durvinha - Sangue, amor e fuga no Cangaço". O trabalho trata da história do casal de cangaceiros que fugiu para Minas Gerais depois da morte de Lampião. Durvinha morreu em 28 de junho deste ano após sofrer um acidente vascular cerebral.
O livro também fala da história do casal, que trocou de nome em Minas Gerais, tirou novos documentos e se escondeu de todos os cangaceiros. A história da vida deles foi guardada em segredo durante 60 anos e revelada apenas em 2007. Nem mesmo os filhos conheciam o passado deles.
Fonte: G1