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Cunhado de vítima do metrô diz que ele pulava por falta de freio no trem

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Edilson Cunha, cunhado do maquinista Gilvan de Brito, que morreu na colisão entre o trem e o metrô na última quarta-feira(11), revelou à TV Cidade Verde que o maquinista sempre reclamava de falta de freio no metrô de Teresina e que muitas vezes teria pulado do trem. 

“A última vez que aconteceu isso foi chegando à estação do Dirceu, que faltou freio. E os dois maquinistas tiveram que pular. Não tem manutenção e todos pulam”, revelou o cunhado. 

Ele acrescenta que antes, a comunicação entre as duas empresas era feita via rádio, mas que agora teria passado a ser por celular, o que teria prejudicado na comunicação. “Agora liga para central para saber se está liberada a linha. Mas, com o rádio ele ficava ouvido o que se passava na Transnordestina, se estava na guarita 1, guarita 2 e a Transnordestina também ouvia o que se passava no metrô. E se houvesse o rádio, eu creio que ele tinha ouvido que não estava liberada. Foi uma tragédia anunciada”, afirma o cunhado, que declara que há rádio no metrô, mas que este estaria quebrado.     

O diretor da Companhia Metropolitana de Teresina, Antônio Sobral, rebateu as denúncias feitas por Edilson Cunha e disse que não há como pular do veículo, porque caso isso ocorresse, a máquina não teria como parar e este é o primeiro acidente com vítima dentro do metrô.

“Não existe composição automática nesse trem, se pular ele não freia sozinho. Só faz a composição dinâmico ou estático e precisa ser operado. E nesses 25 anos é a primeira vez que há vítimas dentro do trem, nunca tivemos passageiros como vítimas e o centro de controle de movimento e centro de tração devem saber dos problemas e os questionamentos devem chegar à administração”, declarou Sobral. 

Uma comissão mista de técnicos da Companhia Metropolitana de Teresina e da Transnordestina começou a trabalhar nas investigações do acidente entre o trem do metrô e o trem da empresa nesta sexta-feira(13). Além da Polícia Civil. 

“Vamos saber o que aconteceu, porque a linha do metrô estava sem operação e teria que ficar na oficina até o trem de serviço chegar. Era um entrando e outro saindo. Serão averiguadas gravações, documentos, material de via para saber que falha ocorreu para um trem sair sem que o outro tenha chegado”, relatou o diretor da Companhia Metropolitana. 

Caroline Oliveira
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