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Chico Lucas: nossa missão é romper o monopólio na OAB-PI

O candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Francisco Lucas, defendeu nesta sexta-feira (13) suas propostas durante entrevista ao Jornal do Piauí. Ele, que representa a  chapa 2- Renovação, disse que pretende tornar a OAB mais aberta, democrática. Segundo o candidato, a maior queixa dos advogados é que hoje o circulo de deliberação na instituição está muito fechado.

"Eu pretendo tornar a OAB mais democrática, mais aberta. A maior queixa dos advogados é que hoje o circulo de deliberação esta muito fechado. São poucos escritórios que decidem os destinos da advocacia piauiense. Nossa principal missão é ampliar o debate para que todos os advogados participem. Além disso, lutar por uma justiça mais célere, estabelecendo um diálogo profissional com o Tribunal de Justiça, além de criar oportunidades para os novos advogados", afirmou.

Chico Lucas, como é mais conhecido, criticou a atual gestão da Ordem ao afirmar que ela "anda distante" dos novos profissionais. Ele defendeu, ainda, a nomeação do mais votado para a vaga do Quinto Constitucional. "Precisamos trazer a nossa casa para perto da realidade da advocacia. Atualmente, ela encontra-se muito distante. Hoje, por exemplo, sobre a nomeação do Quinto Constitucional, a Ordem tem um espaço  no TJ, TRT e TRE. Essas escolhas são feitas pelo conselho seccional sem a ampliação do debate para todos os advogados. Quero abrir para consultas. Quem nomeia ao final é o governador e a presidente da República. Vamos dizer ao governador que queremos a nomeação do que tiver mais votos. Quem tiver mais votos é mais legítimo. A OAB forma a lista sêxtupla, vai para o tribunal que forma a lista tríplice e quem escolhe é o governador. De dois em dois anos, dois juízes do TRE são escolhidos pela Ordem com a participação do tribunal sem a nossa participação", ressalta.

O candidato disse que a sua missão é democratizar e romper o monopólio na Ordem. "O gestor da Ordem não luta efetivamente para que a Justiça seja mais célere. Hoje as portas estão fechadas para os novos advogados. Queremos parar de utilizar a Ordem a serviço de escritórios. A eleição mostra isso. Os grandes escritórios estão unidos em torno de projeto de poder. Quando a gente conseguir romper esse ciclo todo mundo vai ter as mesmas oportunidades. Hoje a competência não fala mais alto, o que fala é o relacionamento", disse, destacando um orçamento de R$ 14 milhões por ano na Casa. 

"É maior que 90% das prefeituras do Piauí. Houve a união dos grupos em torno de um projeto. Eu faço campanha de carro. O candidato da situação percorreu o estado de avião. É uma série de favores. A nossa campanha é mais simples", finalizou.

Na próxima semana o entrevistado será o candidato da situação, advogado Sigifroi Moreno.

Hérlon Moraes
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