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Terrorismo: mais de 140 pessoas morrem em atentados de Paris

Um número ainda incerto de explosões e tiroteios deixou ao menos 143 mortos em Paris, segundo informações preliminares da polícia. O ataque a casa de shows Bataclan deixou 100 mortos, incluindo dois terroristas, segundo informou a polícia local. Outras três pessoas morreram em decorrência das explosões nas proximidades do Stade de France, segundo a polícia.

A polícia afirmou ter registrado tiroteios em ao menos dois restaurantes. Um estudante disse ter ouvido tiros nas proximidades da Place de la République. Segundo ele, três corpos estavam no chão. Segundo um policial, ao menos cem pessoas são mantidas reféns na sala de espetáculos Bataclan.

Ao menos duas explosões ocorreram nas proximidades do Stade de France, onde as seleções da França e da Alemanha se enfrentavam.

 

Atualização às 23h

Paris está novamente sob ataque. Cerca de 10 meses depois do atentado à redação do jornal satírico "Charlie Hebdo", pelo menos seis tiroteios foram registrados em pontos diferentes da capital francesa nesta sexta-feira (13). De acordo com a agência Associated Press, 35 pessoas foram mortas. Outras fontes já falam em 60.

Em entrevista coletiva, o presidente da França, François Hollande, decretou estado de urgência e ordenou o fechamento das fronteiras. É a primeira vez que o país decreta estado de emergência em 10 anos. "As autoridades devem ser duras e serenas. O que os terroristas querem é nos colocar medo. De frente ao pavor há uma nação que sabe se defender. Temos que mostrar sangue frio diante do terror", afirmou na ocasião. "Ainda não terminamos as operações, há coisas difíceis pela frente. Eu peço que vocês mantenham a confiança. Viva a República e viva a França."

Uma explosão atingiu um bar perto do Stade de France, onde estava acontecendo um amistoso entre a seleção local e a Alemanha. O presidente François Hollande estava na arena e precisou ser evacuado. No primeiro tiroteio, um indivíduo abriu fogo com um fuzil no restaurante Petit Cambodge e, de acordo com a emissora "BFM-TV", matou "várias pessoas".

A rede de TV France 24 afirma que há pelo menos 100 reféns em uma famosa casa de shows chamada Bataclan. Outras fontes falam em 60 pessoas. Segundo a BFMTV, ao menos 50 disparos atingiram o local uma hora após o início de um show da banda californiana Eagles of Death Metal.

A emissora entrevistou uma testemunha dos disparos no restaurante, Anne-Sophie. "Todo mundo estava do lado de fora, no terraço do restaurante, quando de repente vimos homens mascaradas atirando em todas as direções. Pareceu ter durado muito tempo." Ela disse que havia "uma quantidade enorme de feridos".

O editor do programa Newsnight, da BBC, tuíta que nenhum grupo assumiu a autoria dos incidentes em Paris nesta noite, mas que "apoiadores do (grupo autodenominado) 'Estado Islâmico' estão comemorando o ataque nas mídias sociais com a hashtag 'Paris in Flames' (Paris em chamas)".

Pessoas que moram perto dos locais onde ocorreram disparos estão oferecendo abrigo a quem está nos arredores por meio da hashtag #PorteOuverte (portas abertas) nas redes sociais.

Após os ataques, Hollande iniciou uma reunião de emergência no Ministério do Interior. O presidente agora segue para o Palácio do Eliseu para uma segunda reunião. Os tiroteios reacendem o clima de terror instaurado na cidade em janeiro passado, quando dois homens armados invadiram a sede do "Charlie Hebdo" e mataram 12 pessoas. Dois dias depois, outro jihadista sequestrou um mercado kosher em Paris e deixou quatro mortos. Antes disso, ele já havia matado uma policial durante uma troca de tiros.

O primeiro-ministro britânico David Cameron tuitou a respeito da situação em Paris: "Estou chocado pelos eventos dessa noite em Paris. Nossos pensamentos e orações estão com os franceses. Faremos o que pudermos para ajudar."


Fonte: Ig

 

 

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