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Pesquisa aponta que Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais

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O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país, segundo pesquisa da organização não governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênero.

O levantamento mostrou ainda que- uma parte considerável de transexuais e travestis- não conseguem passar dos 35 anos de idade e envelhecer, pois quando não são assassinadas, geralmente, acontece alguma outra fatalidade. No ano passado, a morte da travesti Makelly Castro, 24 anos, teve repercussão em todo o Piauí. Ela foi morta por asfixia e encontrada no Distrito Industrial, na zona Sul de Teresina, no dia 18 de julho de 2014. O suspeito de cometer o crime é o professor universitário e jornalista Luís Augusto Antunes, 31 anos, que continua preso. 

Em Teresina, são comuns os relatos de travestis que sofrem algum tipo de discriminação ou mesmo de violência.

"Está muito sério em termos de transporte. Eu venho trabalhar e eles não querem parar, principalmente, os transportes alternativos da Zona Sul. Eles sabem que a gente trabalha aqui no Centro e fica dificultoso. Eles não param no ponto de ônibus e a gente não sabe o que fazer. Eu já estou nervosa com isso", disse a travesti Paola Araújo.

"Eu estava trabalhando, passou um cara com uma menina na moto e chegaram e me abordaram com um revólver...pediram a minha bolsa e disseram para eu não gritar, não correr, senão eles iam voltar e me pegar. Eu fiquei sem ação, sem fazer nada. Além disso, sempre acontece de clientes, motoristas ou pedestres que passam pela gente, ficarem nos criticando", disse outra travesti, que preferiu não se identificar e trabalha nas ruas de Teresina.

 

Com informações TV Cidade Verde
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