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'Estou recuperado e livre das drogas', diz Casagrande

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Internado há quase um ano em uma clínica de recuperação de dependentes químicos em Itapecerica da Serra (SP), o ex-jogador Walter Casagrande afirmou em entrevista neste domingo que está recuperado e que não usa mais drogas.

"Estou limpo. Agora vou morar em outro lugar, estou solteiro, muito mais próximo da minha família e disposto a levar meu trabalho a sério, como sempre levei quando estive bem. Quero voltar a comentar jogos na TV, escrever minha coluna no jornal, contar as histórias dos grandes ídolos do futebol e fazer meu programa musical na rádio. Mas de uma forma suave, com menos agitação", declarou ao Diário de São Paulo.
 

Arquivo/Folha Imagem

Walter, como é conhecido na clínica, chegou involuntariamente à clínica por determinação de seu filho mais velho, Victor Hugo, 22. Em setembro de 2007, o ex-atleta capotou o carro em São Paulo e acabou em estado de coma no Hospital Albert Einstein. Por isso, ele se considera um sobrevivente e não se revoltou com a sua internação.

"No início, dá raiva de quem te internou. Parece que a pessoa te joga aqui dentro e some. Dá impressão de que querem se desfazer do problema. Mas, no meu caso, é completamente diferente porque minha família está muito próxima, preocupada e querendo que eu me recupere", relembrou Casagrande, que precisou mudar sua forma de pensar para poder conseguir a plena recuperação.

"Eu percebi que não era só entrar aqui, ficar três meses sem usar drogas e sair para a rua, como eu fiz da outra vez. Acho que ir reconhecendo aos poucos faz parte do processo. Cai uma ficha aqui, outra ali. Fui trabalhando a aceitação da doença e a reaproximação com os meus filhos, e agora estou recuperado", afirmou.

Fã de rock, Casagrande acabou se espelhando nos ídolos, e afirma que este foi um dos motivos que o fez começar a usar drogas. "Eu sempre fui muito ligado à música, ao rock, e sempre tive ídolos como Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison, que morreram de overdose. Eu queria viver e morrer jovem como eles. E tinha na cabeça aquele mito de não chegar aos 30 anos, como o Mick Jagger falou um dia", justificou.

Pronto para sua 'nova' vida, Casagrande sente saudade de pequenos detalhes, mas aguarda o momento de poder deixar a clínica de reabilitação. "Sinto falta de abrir a geladeira, de dirigir o carro... Mas a falta que eu mais sentia está sendo suprida: já saí para almoçar, para ir ao cinema, e agora vou começar a ir a shows", finalizou.

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