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Infectologista diz que não há exames disponíveis para detectar Zika Vírus em gestantes

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O surto de Zika Vírus e a possível relação da doença com casos de microcefalia (cérebro menor que o normal) em bebês tem preocupado muitas mulheres que estão grávidas. Em entrevista ao Notícia da Manhã, a infectologista Elna do Amaral explicou que ainda não há exames que possam diagnosticar que a pessoa foi contaminada pelo vírus, mas que os cuidados são os mesmos para todas as gestantes. 

"Os exames que existem hoje são realizados em institutos de pesquisa com intuito de investigação epidemiológica. Não existe esse exame para disponibilizar para a população em tempo real, como todos querem. Existe uma relação temporal muito forte entre o Zika Vírus e os casos de microcefalia, mas  não temos essa confirmação ainda. Os cuidados que as gestantes devem ter são aqueles rotineiros como evitar drogas lícitas ou ilícitas, o contato com substâncias, potencialmente, tóxicas, manter o cartão vacinal atualizado e usar repelente para evitar o contato com o Aedes Aegypti", explica a médica. 

A médica explica que a microcefalia, geralmente, vem associada à outras alterações e pode ser causada tanto por questões genéticas como pela exposição a substâncias tóxicas, radiações, infecções como a toxoplasmose, rubéola entre outras. 

A infectologista frisa ainda que, para evitar a doença, outra dica importante é eliminar potenciais criadouros do mosquito.

No Piauí, a Secretaria da Saúde informou que pelo menos 27 bebês nasceram com microcefalia neste ano, contra seis no ano passado. 

 

Graciane Sousa
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