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Polícia apura se PM foi vítima de latrocínio ou execução; vítima levava R$ 37 mil

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O subcomandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Lindomar Castilho, informou nesta terça-feira (24) que o cabo Erisvan Mesquita Silva, 38 anos, pode ter sido vítima de uma tentativa de latrocínio ou de uma execução na tarde de ontem. Ele foi morto com oito tiros. O coronel destacou que o malote de dinheiro encontrado com o policial continha R$ 37 mil. O dinheiro era de uma rede de postos de combustíveis de Picos com filiais em Teresina. 

"Eu fui até o local do crime, de lá até o HUT para confirmar o óbito e depois até a Central de Flagrantes, onde nos deparamos com esse malote, percente a uma empresa de combustíveis de Picos, com postos em Teresina. O desafio é esclarecer: porque esse policial, fardado, levava o malote? Ele estava com a farda e com a moto da PM", explicou.  

De acordo com o coronel, o crime apresenta indícios de tentativa de latrocínio e é possível que os autores não tenham conseguido levar o dinheiro porque o policial militar reagiu à abordagem. Mesmo assim, a polícia também apura se o policial foi executado. 

"Ele reagiu, tanto que os 'marginais' não chegaram a ele e não conseguiram tomar o malote. Em seguida ele foi baleado, não foi possível reagir com sucesso.Mas é importante esclarecer, porque se sabe que a função policial é muito desafiadora, oferece riscos. Foi morto por ser PM ou pelo valor que levava? Esse é o ponto que queremos esclarecer. Estamos sendo caçados ou foi pontual?", questionou. 

O coronel destacou que outro ponto deve ser esclarecido: se o cabo Mesquita fazia um trabalho à empresa no momento em que foi morto, o que não é permitido pelo regimento da Polícia Militar, já que ele estava fardado e pilotava uma motocicleta da corporação. 

"Foi uma perda irreparável, ele era bom policial e tinha 10 anos de serviço prestado sem máculas. Mas nós temos uma dedicação exclusiva, nossa a missão é integral à polícia. Contudo, por enquanto não sabemos se ele estava fazendo favores ou se já estava com esse malote antes. São muitas coisas que temos que ter o cuidado de apurar", declarou.

A investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios, em caráter especial, já que como os suspeitos da morte já foram identificados, o inquérito deveria ficar sob responsabilidade da delegacia da área. A pedido do secretário de segurança, Fábio Abreu, a especializada foi encarregada. 

Vídeo

Em vídeo gravado ontem (23) após a prisão do suspeito Milton César Silva Aguiar, ele declarou não ser o autor do homicídio do cabo Mesquita e apontou um outro homem como o responsável. "Não fui eu, tenho consciência limpa". Questionado sobre quem teria cometido o crime, ele diz um nome: "Carlos", e continua: "Eu estava no mercado e ele foi passando. Conheci ele na cadeia e encontrei por acaso", diz, na gravação, ao ser repetidamente questionado. 

A polícia, contudo, destacou não ter dúvidas de que o homem é o responsável pela morte do policial. Testemunhas afirmaram reconhecer Milton como o autor dos disparos. Ele é considerado perigoso e já foi alvo de investigação da Polícia Federal por roubos a banco e a agências dos Correios. Ele também já cumpriu pena por homicídio. 

De acordo com o coronel Castilho, o homem apontado por ele como o autor já foi identificado e pode ser um comparsa ou, até mesmo, um inimigo seu. "Temos que investigar isso com cuidado, por enquanto é apenas uma pista", disse. 

 

Maria Romero
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