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Notícia da Manhã fala sobre Aids; preconceito é um dos grandes problemas

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Nesta terça, 1º de dezembro, dia muindial de combate à Aids, o Notícia da Manhã falou sobre a doença no quadro Saúde. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, no Piauí mais de quatro mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus HIV nos últimos seis anos e em 2015 já foram registrados mais de 400 casos.

Uma reportagem especial mostrou pessoas que vivem com o vírus. Todas afirmaram que o maior problema da doença é o preconceito. Uma paciente, natural de Santarém(PA), afirmou que quando soube que tinha o vírus da Aids, sentiu que sua vida tinha acabado, mas que a partir do momento que chegou em Teresina e passou a ter conhecimento da doença, sua vida mudou 100 por cento.

No estúdio do Notícia da Manhã, o médico infectologista Carlos Henrique Nery, esclareceu que mesmo com o diagnóstico a vida deve continuar normalmente e destacou que a prevenção através do uso do preservativo é a melhor forma. "Pessoas tem o vírus, não sabem e não procuram saber. Hoje há um relaxamento nos cuidados, a gente só fala de prevenção ao HIV em momentos muitos pontuais. Tem que ser uma coisa falada, comentada  no dia a dia das escolas, nas famílias, entre os jovens, permanentemente", disse.

Durante a entrevista, o médico explicou que a sobrevida dos soropositivos aumentou muito, mas viver com a doença não é fácil. "Tem que tomar medicação para o resto da vida. Se parar de tormar vai ter infecções oportunistas e morrer mais cedo", alertou.

O infectologista acrescentou que hoje o grande problema para o enfrentamento da Aids é conseguir um diagnóstico precoce; conscientizar as pessoas para o uso consistente de preservativo e fazer com que os sorpositivos tomem o remédio. "Cerca de um terço dos pacientes que tem o remédio na mão, dado pelo Governo, pelo SUS, não toma o remédio regularmente. Quem toma o remédio regularmente dicicilmente transmite, as chances são tão pequenas quanto com o uso de preservativo" explicou.

O médico revelou ainda que tem pessoas que não aceitam o uso do preservativo e apesar de viver numa "roleta russa cotidiana" não imaginam o que virá depois, que segundo ele, é o sofrimento do relativo isolamento e o medo do diagnóstico ser conhecido pelos demais. "Isso limita demais as pessoas", concluiu.

Veja na íntegra a entrevista com o infectologista Carlos Henrique Nery, que além de Aids falou sobre o aumento nos casos de Microcefalia em todo o País.

Marcelo Lopes

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