História: Chica da Silva é exumada para documentário

As primeiras cenas do documentário “A Rainha das Américas”, começaram a ser rodadas na cidade colonial de Diamantina, em Minas Gerais. A produção que retrata a história de Chica da Silva (1731/32-1796) começou com a exumação do corpo da escrava forra. O trabalho foi feito por dois policiais com passagem pelo FBI, especialistas em medicina forense.

Com direção da atriz Zezé Motta, o filme deve ser lançado em 2017. Imortalizada por adaptações em novela e filme do livro “Xica da Siva” (1976), de João Felício dos Santos, a escrava forra e primeira negra a assumir uma posição de destaque na elite do país não tem rosto nem corpo pela falta de pinturas fidedignas.

Apesar de os documentos históricos afirmarem que Chica estaria enterrada na igreja, os quase 220 anos de sua morte poderiam ter reduzido o corpo a pó. Para surpresa do produtor e fotógrafo brasileiro Jacques Dequeker, e da equipe do documentário, não havia só pó, mas uma ossada completa. O casal de especialistas forenses Anthony e Catyana Falsetti confirmou que ali jazia uma mulher, provavelmente negra devido à curvatura da cavidade nasal.