A paralisação, anunciada por líderes sindicais e confirmada pelo governo, tem como principal reivindicação o aumento salariais. O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) promete manter equipes de cobertura para que os aeroportos continuem abertos, mas são esperadas longas filas nos check-ins e muitos vôos atrasados.
"Certamente, transtornos vão acontecer, vai ter atraso. Está garantida pelo menos 30 por cento da operação", disse o presidente do Sina, Francisco Lemos.
O sindicato cobra aumento salarial de 6%, uma série de benefícios adicionais e uma nova administração na Infraero, empresa estatal responsável pelos aeroportos no País. "Não há um único funcionário de carreira na diretoria", disse Lemos.
A Infraero informou na terça-feira que continua disposta a negociar com o sindicato. Segundo um funcionário do órgão, não há plano de contingência.
Os aeroportuários atuam em serviços como fiscalização de bagagens no embarque e desembarque, controle do movimento de aeronaves na pista e operação de equipamentos de raio X.
Os problemas surgiram após dois grandes acidentes em 2006 e 2007 - queda de um avião da Gol no norte de Mato Grosso após colisão com um jato, que deixou 154 mortos, e a queda de uma avião da TAM, em São Paulo, com 199 mortes - que provocaram uma greve dos controladores de vôo e revelou um déficit de mão-de-obra e equipamentos de segurança obsoletos.