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Criança surda e muda é internada no HUT após suspeita de estupro e maus tratos

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Atualizada às 11h01 (horário local)

De acordo com o conselheiro tutelar Djan Moreira, que acompanha o caso, o Conselho recebeu as denúncias de vizinhos que presenciaram agressões à menina. Segundo ele, o laudo do Samvis comprovou o estupro. 

"Quando chegamos encontramos ela toda machucada, muito ferida, com lesões por todo o corpo, inclusive na cabeça. Ela sofreu fraturas que não foram tratadas, fraturas antigas. O laudo atesta 'maus tratos habituais', ou seja, que ela sofria agressões há bastante tempo", declarou o conselheiro. 

O HUT informou que ela apresenta, além de muitos hematomas pelo corpo, fraturas antigas e já consolidadas. O quadro ocorre quando o osso sofre uma fratura, não recebe tratamento e volta a se unir. Ela está consciente e permanece estável. 

No momento da prisão do padrasto e da mãe da criança, a avó materna foi acionada pelo Conselho Tutelar para que retirasse a menina de casa - na Vila Santa Bárbara, zona Leste -, para que a prisão fosse feita.

A avó, que mora na zona Norte e não sabia das agressões que a menina sofria, levou a neta para ser atendida no hospital do bairro Buenos Aires. A equipe médica a encaminhou ao HUT. Junto com o Conselho, Policiais Militares foram até a casa da criança e prenderam a mãe e o padrasto em flagrante. 

"Resgatamos as outras crianças e eles foram presos. A própria mãe disse que ela não comia havia quatro dias e que batia nela de vez em quando, mas só umas palmadas, não era grave. Não admitiu os maus-tratos", declarou. 

A menina tem outros cinco irmãos, que não apresentaram sinais de maus-tratos. O mais velho é um menino de sete anos e o mais novo um bebê de apenas nove meses. Nenhum dos irmãos possui deficiência, apenas a menina, que é surda. 

Ainda não há previsão de alta hospitalar para a criança que, ao sair, deverá permanecer sob guarda da avó paterna. O destino das outras crianças ainda será decidido. 

 

Matéria original

Uma menina de apenas quatro anos está internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde o início da madrugada desta quarta-feira (9). Suspeitos de graves maus-tratos contra a criança, a mãe e o padrasto, identificados apenas como Leila e Erinaldo, foram presos pela Polícia Militar. O Conselho Tutelar de Teresina informou que a menina tem deficiência, pode ter sido estuprada e estava sem comer havia quatro dias. 

Os conselheiros tutelares informaram ter recebido denúncias de que a vítima era gravemente agredida pelo padastro. Vizinhos disseram ao Conselho que, além das agressões físicas, a menina não comia havia quatro dias. O padrasto e a mãe da garota foram presos em flagrante por policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

Lesões na região genital da menina indicam estupro, mas exames realizados pela perícia do IML ainda confirmarão o abuso, que constitui estupro de vulnerável. A criança foi inicialmente atendida no hospital do bairro Buenos Aires, zona Norte. De lá, a criança foi encaminhada para o HUT. 

De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, a criança está recebendo todos os atendimentos necessários, segue em observação e seu quadro clínico é estável.

 

Maria Romero com informações do Notícias da Manhã
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