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Laudo diz que criança surda foi estuprada e sofre da Síndrome do Espancamento

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Laudos médicos confirmaram que a menina de quatro anos, surda e muda, resgatada ontem (9) pelo Conselho Tutelar, foi estuprada e sofre da Síndrome da Criança Espancada. O delegado Jetan Pinheiro, da gerência de policiamento especializado, informou hoje (10) que o Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Sexual (Samvvis) realizou exame para verificar a denúncia de abuso. Diante da confirmação, o delegado contestou a soltura dos suspeitos Erinaldo Nascimento dos Santos e Leila Dayane da Silva Sales, padrastro e mãe da menina. 

O delegado disse que existem provas contra os dois, mas que por determinação do juiz o casal foi solto. Segundo ele, o juiz não acolheu o pedido de prisão preventiva, alegando que o caso não abalou a ordem pública. 

"No nosso sentdimento há motivos para que eles permanecessem presos, para evitar que o casal volte a delinquir", disse. 

O delegado disse que foi aberto outro inquérito, já que foi confirmado o estupro. Ele disse que há também dúvidas sobre se o suspeito é pai biológico ou padastro da criança. Jetan informou ainda que a criança vai passar por exames lúdicos terapêuticos, com psicólogos especializados, já que ela é surda e não fala. 

Ele declarou também que serão ouvidos quatro irmãos da menina, um de dez, nove, seis e quatro anos. O mais novo tem apenas nove meses. "Vamos ouvi-los para ver se eles relatam o que viam, como era a rotina e se agora eles têm coragem de dizer alguma coisa", explicou. 

De acordo com ele, o médico do HUT que atende a criança escreveu em "letras garrafais", no exame, que a menina sofre da Síndrome da Criança Espancada.

A Síndrome

A síndrome é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas. Além do comportamento típico de uma criança que sofre agressões, a menina apresenta hematomas e equimoses (fortes manchas de sangue na pele), diversas cicatrizes e escoriações, além de graves fraturas consolidadas nos braços. De acordo com o diretor do HUT, Gilberto Albuquerque, as fraturas apresentam características de terem ocorrido há dois ou três anos. 

O diagnóstico foi primeiramente chamado de Síndrome da Criança Maltratada, em 1961, pelo pediatra alemão Henry Kempe. Em 1979 Kempe descreveu a síndrome e estabeleceu os principais sintomas e sinais apresentados pelas crianças acometidas. 

 

Yala Sena (Flash)
Maria Romero (Redação)
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