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Gal celebra 50 anos de carreira em show repleto de novidades e clássicos

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Maria da Graça Costa Penna Burgos, a Gracinha, em 22 de agosto de 1964, aos 19 anos, subiu ao palco pela primeira vez, e dividiu a cena com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Maria Bethânia no show Nós por exemplo, que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador.

Um ano depois, já como Gal Costa — nome artístico criado pelo produtor e empresário Guilherme Araújo —, iniciou oficialmente a carreira, gravando um compacto com as canções Eu vim da Bahia (Gilberto Gil) e Sim, foi você (Caetano Velo Veloso), lançado pela RCA (atualmente Sony BMG).

Em 2015, Gal celebra 70 anos de vida e 50 de trajetória musical com o espetáculo Estrastosférica. Em turnê pelo país, ela chega a Brasília amanhã, para apresentação no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Dona de uma das mais belas vozes da música popular brasileira, musa do Tropicalismo, a cantora baiana inscreveu seu nome na história da música popular brasileira com discos e shows antológicos, entre os quais Fa-tal, India e Gal Tropical. Os dois últimos foram vistos pelo brasiliense no Teatro da Escola Parque e na Piscina Coberta (hoje Ginásio Cláudio Coutinho); assim como o Doces bárbaros, no qual esteve ao lado de Caetano, Gil e Bethânia, no Ginásio Nilson Nelson, em meados da década de 1970.

O repertório do Estratosférica tem por base músicas do álbum homônimo — lançado no primeiro semestre pela Sony Music — que permite Gal se reinventar mais uma vez. Entre os autores, que canta estão compositores de gerações mais recentes, entre os quais Marcelo Camelo (Pelo fio), Malu Magalhães (Quando você olha pra ela), Júnio Barreto (Estratosférica). Mas ela interpreta, também, os consagrados Antônio Cícero (Sem medo nem esperança), Tom Zé (Por baixo), Caetano Veloso, e parceria com o filho Zeca (Você me deu).

Gal, dirigida por Marcus Preto, traz, também, de volta clássicos de sua obra como Não identificado (Caetano Veloso), Pérola negra (Luiz Melodia), Cabelo (Jorge Nen Jor e Arnaldo Antunes), além de uma versão roqueira de Vingança (Lupicínio Rodrigues). A acompanhá-la está a banda formada por Pupillo (Nação Zumbi/bateria), Guilhyerme Monteiro (violão e guitarra), André Lima (teclados) e Kassin (baixo).

Estratosférica

Show com Gal Costa e banda, dirigido por Marcus Preto, (tal dia) no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Ingressos: R$ 50 (poltrona superior), R$ 100 (poltrona especial), R$ 100 (poltrona VIP lateral) e R$ 180 (postrona VIP) – valores referentes à meia-entrada. Assinantes do Correio têm desconto de 40% na compra de até quatro ingressos, mediante a apresentação do cartão. Pontos de venda: G2 do Brasília Shopping e Fnac, no ParkShopping. Não recomendado para menores de 14 anos

Entrevista

Gal, quais foram os momentos mais marcantes em seus 50 anos de trajetória artística?

Quando cantei Divino, maravilhoso no Festival da Record, durante os anos 1960, período da Tropicália. Também quando gravei Cantar, foi mais uma ruptura, Gal Tropical também, Recanto e Estratosférica. Foram muitos.

O Fa-Tal, show que você fez em 1972 — registrado num álbum antológico  — faz parte da memória afetiva de milhares de brasileiros. Que lembranças você guarda daquele período?

Lembranças boas de um show maravilhoso. De tempos difíceis politicamente no Brasil, mas de um frescor pessoal. Andava pelas ruas do Rio de Janeiro, ficava o dia inteiro na praia e depois ia fazer o show.

Como se sentia como a porta-voz do Tropicalismo durante a exílio imposto a Caetano e Gil pela ditadura militar?

Sentia muita pressão e angústia. Era difícil, para mim, estar sozinha segurando aquela barra.

Fonte: O Globo

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Tags: Gal Costa